A prisão de jornalistas no Iêmen pelo simples fato de serem mulheres e a censura oficial em Fiji são pontos de preocupação destacados na mensagem da Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, a sigla em inglês) por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado neste domingo, 3 de maio.
“A liberdade de imprensa é uma questão de vida ou de morte”, diz a mensagem, apontando para dados da organização Repórteres Sem Fronteira que registrou, nos primeiros quatro meses de 2009, o assassinato de 18 jornalistas e a prisão de 143.
A WACC enfatiza que a liberdade de imprensa é subjacente à democracia e realça a liberdade de expressão. O texto destaca que “a responsabilidade e a transparência dos meios, junto com a liberdade de imprensa, subjaz o coração da democracia”.
A liberdade de imprensa não é um luxo ou um privilégio dos países mais ricos, mas é um pilar fundamental na construção da paz, da democracia e do desenvolvimento dos povos, disse o diretor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Edouard Makolo, em palestra apresentada, na terça-feira, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito, Equador.
Makolo homenageou a jornalista Lasantha Wickrematunge, editora do Sunday Leader, do Sri Lanka, assassinada no dia 8 de janeiro por defender a liberdade de imprensa e a democracia no país. Ela foi agraciada post mortem com o Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa da UNESCO – 2009.
Mesmo com esse quadro preocupante de cerceamento da liberdade de expressão, o representante do organismo internacional apontou avanços na área. Até 1990, comparou, apenas 13 países do mundo tinham adotado leis de direito à informação, dos quais apenas um era da América Latina. Hoje existem mais de 80 leis adotadas no mundo sobre o tema, 11 em países da região.
Fonte: ALC