Um líder cristão e seu irmão mais velho morreram em cativeiro depois de terem sido raptados há oito semanas, de acordo com a igreja em que ele servia.
Joseph Akete Bako liderava uma igreja no estado de Kaduna, Norte da Nigéria, antes de ser levado de casa por homens armados no dia 8 de março. O segurança da residência foi morto durante o rapto e outras quatro pessoas foram sequestradas nas casas próximas.
Joseph morreu “nas mãos dos sequestradores entre 18 e 20 de abril. Não recuperamos o corpo, mas a morte dele foi confirmada. Pessoas que foram raptadas com ele o viram morrer”, afirmou a igreja de Kaduna ao portal de notícias UCAN.
Ele tinha problemas de saúde e no cativeiro não tinha acesso aos remédios de que precisava. Quando o irmão dele implorou pelo tratamento, foi morto na frente de Joseph. Depois disso, a saúde dele piorou.
Enquanto isso, outro líder cristão, também no Nordeste da Nigéria, em Kaduna, também foi raptado em março, mas foi liberto em 3 de maio.
Punição pelos regastes
Os sequestros acontecem diariamente na Nigéria. Grupos extremistas islâmicos como Boko Haram, pastores de cabra fulanis e outros grupos armados que operam no Norte e Centro da Nigéria fazem do sequestro uma forma de negociação.
Cristãos são alvos frequentes por causa da fé em Jesus. Ano passado, mais de 2.500 cristãos foram sequestrados por motivos relacionados à fé, um aumento considerável em relação ao ano anterior, que teve 990 sequestros, de acordo com dados da Lista Mundial de Perseguição.
Na tentativa de diminuir os sequestros, o Senado da Nigéria fez uma lei no mês passado que pode punir aqueles que pagam resgastes para libertar reféns. A resolução define 15 anos de prisão para quem paga resgaste e pena de morte para sequestradores quando, no caso de crianças, a vítima morre.
O diretor da Portas Abertas na África compartilhou sua preocupação com a nova lei. “Nós não podemos imaginar o impasse vivido pelas famílias. Elas têm cada vez menos recursos para salvar quem amam e muitas vezes precisam de cuidados pós-trauma. No meio da dor, precisamos estar perto delas.”
Ele renovou o pedido ao governo de “criar um canal de comunicação clara, que informe e assista as famílias traumatizadas pelos sequestros”.
Fonte: Portas Abertas