O pregador Adnan Oktar , de 64 anos, líder de uma seita criacionista de cunho sexual, foi condenado a 1.075 anos de prisão nesta segunda-feira (11) por crimes de agressão sexual, abuso sexual de menores, fraude, sequestro e tentativas de espionagem política e militar em Istambul , na Turquia .
De acordo com informações da emissora NTV , Oktar foi detido durante operações policiais junto a dezenas de seus seguidores em 2018.
A imprensa local informa que 236 suspeitos foram julgados e 78 deles foram presos. Durante o andamento do professo, Oktar afirmou à Corte que “tinha cerca de mil namoradas”. Além disso, os favores sexuais também se estendiam a “outros membros da cúpula” da seita.
O líder do grupo pregava abertamente valores conservadores, dizia que a “evolução das espécies era uma farsa” e que “o fim do mundo estava próximo”.
Apesar do discurso, Oktar mantinha um harém com mulheres que ele as chamava de “gatinhas”. O poder que ele tinha dentro do grupo permitia ainda que ele obrigasse integrantes da seita a fazerem cirurgias plásticas.
Elas eram vistas em programas ditos “religiosos” que eram exibidos no canal de televisão online A9 , o qual pertencia a Oktar.
“Todas tinham que ser iguais. O penteado, os sapatos, as jaquetas… Tinha que ser das marcas mais caras, como Versace e Gucci”, revelou uma das mulheres à Justiça.
Esta não é a primeira vez em que Oktar tem problemas com a Justiça. Em 1999, ele foi acusado de intimidação e de criação de uma organização criminosa. O episódio rendeu a ele uma prisão, mas ele acabou sendo liberado mais tarde.
No início de sua trajetória como líder de seita, o líder religioso era abertamente antissemita e negava que o Holocausto tivesse existido.
Ele ainda defendia o criacionismo, que é a linha de pensamento de que o mundo e a vida foram criados por uma entidade superior, e manifestava uma profunda aversão à teoria da evolução de Charles Darwin.
Fonte: Último Segundo