A Igreja Episcopal de Los Angeles sagrou no domingo um homem e uma mulher abertamente homossexuais como bispos, numa decisão que deve agravar as tensões na comunidade anglicana global.

No sábado, a Diocese Episcopal de Minnesota havia anunciado que três clérigos foram identificados como candidatos a bispos da localidade, inclusive uma pastora de Chicago que mantém união estável com outra mulher.

Há poucas semanas, a Igreja Episcopal dos EUA, braço local da Igreja Anglicana, com 2 milhões de seguidores, suspendeu uma regra que na prática impedia a sagração de bispos homossexuais.

Alguns viram a decisão como um “cessar-fogo” entre facções liberais e conservadoras dos anglicanos, uma religião com 80 milhões de seguidores no mundo.

A Diocese Episcopal de Los Angeles disse em seu site que indicou seis clérigos para a eleição, em dezembro, de dois bispos auxiliares.

Entre eles estão o reverendo John Kirkley, de San Francisco, e a cônega Mary Douglas Glasspool, da dioecese de Baltimore. Ambos se assumem como homossexuais em biografias postadas no site da Diocese de Los Angeles.

A unidade dos anglicanos está em xeque desde 2003, quando Gene Robinson foi sagrado como bispo de New Hampshire – o primeiro abertamente homossexual na história dessa Igreja, que é essencialmente uma ramificação da Igreja da Inglaterra.

Revoltadas, alguma congregações deixaram a Igreja Episcopal e formaram uma Igreja rival na América do Norte, que diz ter 100 mil seguidores. Igrejas anglicanas em outros países, especialmente na África, também romperam com seus irmãos mais liberais dos EUA.

As pesquisas indicam consistentemente que gays e lésbicas têm uma crescente aceitação na socidade dos EUA. Mas grupos religiosos que se expandem rapidamente no país, como os evangélicos e os mórmons, proíbem a prática homossexual.

Fonte: O Globo online

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