
Líderes cristãos na Austrália expressaram sua solidariedade à comunidade judaica do país, devastada pela dor após o ataque terrorista mortal ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, na noite de domingo.
Dois homens armados abriram fogo contra um grupo de judeus que celebravam o primeiro dia de Chanucá, o tradicional festival judaico das luzes, também conhecido como Hanukkah.
Os atiradores foram identificados como Sajid Akram, de 50 anos, e seu filho, Naveed, de 24 anos. Sajid Akram morreu no local, enquanto seu filho permanece hospitalizado.
Entre as 16 vítimas, está uma menina de 10 anos identificada apenas como Matilda, que estava aproveitando as festividades com sua família, e Peter “Marzo” Meagher, um ex-detetive aposentado da Polícia de Nova Gales do Sul que estava na celebração de Chanucá como fotógrafo do evento. Outra vítima foi Alexander Kleytman, um sobrevivente do Holocausto que veio da Ucrânia para a Austrália.
O rabino Leibel Lazaroff, que ajudava a organizar o evento, foi ferido no tiroteio, segundo seu pai, Yossi Lazaroff, rabino do campus da Universidade Texas A&M. Em uma publicação nas redes sociais, ele pediu que as pessoas orassem por seu filho.
“Por favor, recitem os Salmos 20 e 21 pelo meu filho, o rabino Leibel Lazaroff, que foi baleado em um ataque terrorista durante um evento de Chanucá que ele estava organizando para o Chabad de Bondi em Sydney, Austrália. O rabino do Chabad com quem ele estava trabalhando, o rabino Eli Schlanger, também foi morto. Estou orando por todas as vítimas e suas famílias”, compartilhou ele no X.
O arcebispo anglicano de Sydney, Kanishka Raffel, disse estar “chocado e enojado” com o ataque terrorista “horrível”.
Em comunicado, ele rejeitou o antissemitismo e a violência, e fez um apelo à paz.
“Acolhemos nossos vizinhos e concidadãos judeus com amor, amizade e apoio. Rejeitamos o antissemitismo, a violência e o ódio”, disse ele.
“Oramos ao Deus de toda consolação e Pai da compaixão, pela segurança e proteção da comunidade judaica.”
“Oramos por aqueles que sofrem com a trágica perda de entes queridos, pelos feridos ou traumatizados, pela polícia e pelos profissionais da saúde, e pelo nosso governo e agências de segurança enquanto atuam em resposta à situação.”
“Oramos pela paz, segurança e recuperação da comunidade em Bondi e em toda Sydney.”
Ele prosseguiu agradecendo ao transeunte Ahmed Al Ahmed, que foi elogiado como um herói e creditado por salvar mais vidas após imobilizar um dos homens armados e conseguir desarmá-lo.
O arcebispo católico de Sydney, Anthony Fisher, atribuiu o problema ao crescente “antissemitismo público”. Ele assegurou aos judeus suas orações e sua “proximidade”, e afirmou que os cristãos “devem fazer tudo o que puderem para mantê-los em segurança”.
“Há mais de dois anos, um clima de antissemitismo público se alastra, levando à intimidação, à divisão e à normalização de uma linguagem incendiária”, disse ele ao The Catholic Weekly.
“Em frente à minha própria catedral em Hyde Park, têm ocorrido manifestações semanais onde mensagens inflamatórias têm sido regularmente articuladas, o que só poderia ter ‘aumentado a temperatura’ e talvez contribuído para a radicalização. Isto tem de parar.”
“Minha bisavó era judia, então tenho herança judaica na minha família. Jesus era judeu, filho de mãe judia, nascido sob a lei judaica. Maria e José eram judeus. Assim como nosso pai Abraão e todos os profetas, bem como todos os doze apóstolos. Os cristãos são filhos dos judeus. Portanto, um ataque aos judeus é um ataque a todos nós.”
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, classificou o ocorrido como “um ato de antissemitismo maligno” e afirmou que “atingiu o coração da nossa nação”, em um comunicado oficial divulgado na internet.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, condenou a violência , dizendo, entre outras coisas: “O antissemitismo não tem lugar neste mundo. Nossas orações estão com as vítimas deste ataque horrível, com a comunidade judaica e com o povo da Austrália.”
Folha Gospel com informações de The Christian Today e The Christian Post
