O secretário-geral do Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), reverendo Luís Nguimbe, apelou à calma e serenidade dos partidos políticos até à data da publicação dos resultados das eleições legislativas de 2008 e aceitarem o veredicto das urnas.

Falando a propósito da prorrogação do período de votação em Luanda, o líder religioso afirmou que Angola vive um processo emergente, pelo que é importante que os líderes políticos compreendam os atrasos registrados na abertura de algumas assembléias de voto e aceitem seja quais forem os resultados das eleições.

“É importante que os líderes políticos afinem os travões emocionais. As eleições não são um fim. Vamos festejar algo que durante muitos anos nos foi negado”, disse.

O bispo da Igreja Metodista Unida, Gaspar João Domingos, frisou, por sua vez, que não se deve anular todo um trabalho por causa de uma falha, sendo indispensável o empenho de todos para solucionar o problema.

“Este momento não pode apenas ser deixado na mão de analistas, para evitarmos os discursos inflamados”, aconselhou o bispo.

O bispo da Diocese de Malanje, Dom Luís Maria, sublinhou o espírito de participação e vontade demonstrada pelos angolanos no exercício do seu dever de cidadania nas eleições de 5 de Setembro.

“Eu estou muito contente porque vi a participação do povo com muita alegria, estava presente no acto do voto. Foi muito bom de se ver. Correspondeu às expectativas, em Malanje”, disse.

Para o prelado católico, é muito importante que os que perderam aceitem os resultados ditados pela vontade do povo. “Não vale à pena refilar, não vale à pena resmungar, não vale à pena meter desculpas, quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu”. D. Luís Maria disse que o momento é para “escutar a voz do povo, porque o povo com o voto quis dizer alguma coisa”.

Fonte: Jornal de Angola

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