O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira, 18, que a religião tem sido manipulada de forma “vil e baixa” no país e que a fé não pode ser “instrumentalizada por um partido político ou um governo”.
A declaração foi dada após pesquisas de opinião apontarem que o chefe do Executivo apresenta maior rejeição entre evangélicos. Durante a abertura da reunião ministerial, a primeira do ano, o petista falava da necessidade de consolidar a democracia para a reconstrução do país.
“Um país em que a religião não seja instrumentalizada por um partido político ou um governo. Que a fé seja exercitada na mais plena liberdade das pessoas que queiram exercê-la. A gente não pode compreender a religião sendo manipulada da forma vil e baixa como está sendo neste país”, afirmou o presidente.
Lula disse que é cobrado para falar com pastores e lideranças evangélicas, algo que já fez no passado. Mas, para ele, o problema não é esse: o governo precisa combater as fake news que impactam esse segmento da população.
Nesse momento, se dirigiu a Jorge Messias, advogado-geral da União, e afirmou: “o Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é”.
O governo planeja ações para aproximar o presidente do público evangélico, segmento que tem forte afinidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, a ideia é construir uma agenda em comum entre o governo e os evangélicos, com temas em que haja consenso em áreas como proteção da família, segurança e assistência social.
Além disso, ministros querem incluir lideranças religiosas em conselhos do governo e melhorar a comunicação entre o público.
Fonte: Metrópoles e G1