Na Argentina, mais da metade da população afirma acreditar em milagres, segundo o relatório “Crenças Sociais de 2024”, divulgado pelo Observatório Pulsar, vinculado à Faculdade de Economia e ao Programa de Ciência Política da Universidade de Buenos Aires (UBA).
De acordo com o levantamento, 68% dos entrevistados disseram acreditar em milagres, enquanto 31% declararam não crer. O estudo destaca que “mais de dois terços dos argentinos creem em milagres — eventos extraordinários, terrenos, atribuídos à ação divina”.
A pesquisa tem como objetivo mapear tendências culturais, valores e conhecimentos sociais da população argentina, com reflexos mais amplos na realidade latino-americana. O estudo foi realizado entre 31 de maio e 10 de junho de 2024 e ouviu 1.250 argentinos nativos com mais de 18 anos.
O relatório também avaliou hábitos relacionados à espiritualidade. Segundo os dados, 48% dos argentinos oram diariamente ou pelo menos uma vez por semana. Em contrapartida, 46% afirmam orar raramente ou nunca ao longo do ano.
A prática da oração é mais frequente entre os adultos mais velhos, grupo em que 56% relataram orar com regularidade. Entre os jovens, esse número cai para 23%, indicando uma relação mais distante com a fé tradicional. O estudo também aponta que a frequência da oração está relacionada ao grau de ceticismo: entre os que oram menos, 45% manifestam dúvidas sobre a fé, enquanto 47% mantêm alguma forma de crença.
Outro destaque do relatório é a diferença geracional no modo de crer. Enquanto os mais velhos demonstram maior confiança em Deus e nas instituições religiosas, os mais jovens tendem a explorar crenças alternativas, como vida extraterrestre ou espiritualidades não ligadas a religiões tradicionais. “As novas gerações não abandonaram a necessidade de crer, mas mudaram seus objetos de fé”, afirma o documento.
Fonte: Comunhão com informações de Evangelico Digital