Nove em cada dez europeus (89%) querem ver os governos empenhados na luta contra a pobreza, indica uma pesquisa divulgada nesta terça-feira.
De acordo com a pesquisa Eurobarômetro sobre pobreza e exclusão social, elaborada no âmbito do Ano Europeu contra a Pobreza, em 2010, a maioria (73%) dos europeus considera que a pobreza é um problema que está se propagando pelo continente.
O mesmo estudo mostra que os europeus consideram o desemprego (52%) e os salários baixos (49%) como as principais causas da pobreza e exclusão.
A insuficiência das prestações sociais e pensões (29%) e o custo da habitação (26%) são outras explicações sociais dadas pelos que responderam à pesquisa.
Em relação às explicações de natureza pessoal para pobreza e exclusão social, os europeus apontaram em primeiro lugar a falta de educação, formação ou competências (37%), a pobreza herdada (25%) e a toxicodependência (23%).
Em Portugal, 88% das pessoas pesquisadas consideram que a pobreza é generalizada, contra 12%, acima da média dos 27 Estados-membros da UE de 73% e 25%, respectivamente. Além disso, 2% das respostas foram “não sabe/não responde”.
“Estes resultados mostram até que ponto os europeus estão conscientes dos problemas da pobreza e da exclusão social na sociedade de hoje e querem que se faça mais para os resolver”, disse o comissário responsável pelos Assuntos Sociais, Vladimir Spidla.
“O Ano Europeu que assinalaremos em 2010 será a oportunidade perfeita de colocar o combate à pobreza no cerne das preocupações em toda a UE”, acrescentou.
Perante o cenário de quase 80 milhões de pessoas – ou seja, 16 % da população da UE -, vivendo abaixo da linha da pobreza e com baixo acesso ao emprego, educação, estruturas sociais e serviços financeiros, o inquérito ilustra as várias facetas da pobreza e da exclusão social.
A pesquisa foi realizada entre 28 de agosto e 17 de setembro deste ano. No conjunto, foram entrevistados presencialmente quase 27 mil cidadãos em todos os Estados-membros da UE, selecionados de forma aleatória.
Fonte: Lusa
