Mais de 2 milhões de muçulmanos reuniram-se nesta segunda-feira no Monte Arafat, uma das etapas da tradicional peregrinação à Meca, na Arábia Saudita.
Os fiéis, vestidos de branco, dirigiram-se ao amanhecer ao local, também chamado Monte da Misericórdia, de onde acreditam que o profeta Maomé fez seu último sermão, há mais de 14 séculos.
Percorreram a pé ou de ônibus os cerca de dez quilômetros que separam o Monte Arafat do vale de Mina, onde a peregrinação começou no último sábado (13), um dia dedicado à oração e ao recolhimento. O tráfego era intenso, com muitos engarrafamentos.
Os peregrinos devem passar o restante do dia pedindo perdão a Deus no local, símbolo da espera pelo julgamento final. “Não posso explicar o que sinto”, disse emocionado o sírio Mosaad Mheymid. “É como se já estivesse no Juízo Final”.
Depois de passar a noite no vale de Muzdalifa, os peregrinos regressarão a Mina nesta terça-feira, para imolar um cordeiro e lembrar o momento em que Abraão esteve a ponto de sacrificar o próprio filho, para cumprir ordem de Deus.
A peregrinação a Meca é considerada um dos cinco pilares do islã. Os outros quatro são a profissão de fé, a oração cinco vezes ao dia, o jejum durante o mês sagrado Ramadã e a oferta da esmola.
Segundo as autoridades sauditas, 1,7 milhão de muçulmanos já receberam o visto do Hajj –somando-se aos 200 mil muçulmanos da própria Arábia Saudita e da região do Golfo autorizados a cumprir este ritual. Mas dezenas de milhares de fiéis sem autorização conseguiram chegar a Mina, apesar da vigilância da polícia.
Mais cedo, a rede terrorista Al Qaeda anunciou se opor a qualquer ataque contra os peregrinos. “Asseguramos à nação islâmica que somos contrários a toda ação criminosa dirigida contra os peregrinos”, escreveu o braço do grupo na península Arábica em um site islamita.
[b]Fonte: Folha Online
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