Funcionários da Agência de Segurança Pública (PSB) e da Agência para Assuntos Religiosos (RAB) invadiram a reunião de uma igreja doméstica e detiveram sete dos participantes durante um culto dominical no município de Taikang, província de Henan, na China, no dia 1º de junho. Os cristãos se reuniam para orar e para organizar o envio de ajuda às vítimas do terremoto de Sichuan.

A Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês) disse que os funcionários da polícia não declararam o motivo da detenção. Durante os interrogatórios, os policiais queriam saber dos membros quem estaria levando doações à área de desastre do terremoto.

Foram soltas uma mulher e uma criança, porém os outros seis permanecem detidos sob a acusação de enviar dinheiro para uma área de desastre em nome de uma igreja doméstica. Funcionários do PSB e da RAB alegaram que eles não libertariam esses detidos até que cada um pagasse 1000 iuans (R$ 234).

A CAA também soube que, no dia 28 de maio, dois cristãos do município de Hua, na província de Henan, foram detidos por “obstrução ao trabalho de ajuda ao terremoto”. Uma pessoa foi libertada no dia 2 de junho depois de pagar uma multa de 500 yuans (R$115) e mais de 4000 iuans (R$ 936,50) para oficiais do PSB. Soube-se que outra pessoa foi solta no dia 3 de junho.

“As igrejas domésticas têm o direito de fazer obras beneficentes para prover alívio às vítimas do terremoto”, disse presidente da CAA, Bob Fu. “Nós urgimos o governo de Henan para que mude sua mentalidade e páre de discriminar os que continuam fazendo boas ações.

Incursão a seminário

Foram divulgadas ainda mais informações sobre o caso relativo ao ataque ao seminário que ocorreu em uma igreja doméstica na cidade de Weifang, província de Shandong.

O diretor Lu Zhaojun, o professor Zhang Yage e o professor Jin Xiuxiang também foram libertados no dia 28 de maio. Porém, quando Lu e o professor Jin Xiuxiang voltaram ao escritório do PSB às 8h da manhã do dia 2 de junho para saber sobre os documentos oficiais e os bens confiscados, incluindo um cartão de banco no valor de 3000 mil iuans (R$702) e um mini furgão, eles foram presos novamente e condenados a um mês de detenção por supostamente terem cometido uma operação empresarial ilegal.

Não foram devolvidos itens confiscados do seminário como Bíblias e literatura cristã, nem o furgão e nem o cartão bancário que seria trocado por dinheiro. A CAA diz que nos últimos anos, o governo chinês vem usando a acusação de “operação de negócio ilegal” contra cristãos de igrejas não registradas.

Fonte: Portas Abertas

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