Cerca de 250 manifestantes deram ontem um abraço simbólico no STF (Supremo Tribunal Federal) para protestar contra a demora em julgar a constitucionalidade das pesquisas científicas com células tronco embrionárias.

Sob o olhar de seguranças e da Polícia Militar, eles soltaram balões, além de distribuir flores. “Minha esperança está congelada”, dizia um cartaz levado pelos manifestantes.

“Sabemos que será apertado, mas não dá para saber o resultado. Só queremos que votem logo”, disse Gabriela Costa, coordenadora do Movimento em Prol da Vida.

O Supremo analisa se o uso de células tronco embrionárias em pesquisas científicas fere ou não a Constituição federal. O julgamento foi interrompido em 5 de março, porque o ministro Carlos Alberto Menezes Direito pediu vista do processo -um mecanismo previsto em lei para avaliar mais detidamente os autos.

A assessoria de imprensa do Supremo informou ontem que amanhã vence o prazo do pedido de vista de Direito e o processo volta à pauta do tribunal nos próximos dias. No mês passado, apenas os ministros Carlos Ayres Brito, que relata o processo, e Ellen Gracie chegaram a apresentar seus votos. Ambos favoráveis à legalidade das pesquisas.

A ligação de Direito com a Igreja Católica foi alvo de críticas de manifestantes. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é contrária à pesquisa. A Folha não conseguiu falar com Direito.

Fonte: Folha de São Paulo

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