Marcado para o dia 14 de agosto, o júri popular de Oscar Gonçalves do Rosário, único acusado pela morte de Gabrielli Cristina Eichholz, de um ano e seis meses, está sendo tratado como o julgamento do ano em Joinville. O crime, ocorrido no dia 3 de março do ano passado teve grande repercussão nacional.

Gabrielli foi encontrada desacordada no tanque batismal da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no Bairro Jardim Iririú, e morreu logo depois de ser socorrida.

Oscar foi preso nove dias depois, na casa da família, em Canoinhas. No processo, ele é acusado de violentar e matar a menina.

A tragédia provocou comoção por dois motivos: primeiro pela morte trágica da menina. Depois, pela dúvida se ela realmente foi assassinada ou se foi acidente.

Para o Ministério Público, não há dúvidas: a menina foi violentada e assassinada.

A defesa alega que foi acidente. Por causa da polêmica e curiosidade, a Justiça decidiu limitar o número de pessoas na sala do júri, além de tomar outras providências. Serão 230 vagas: 20 delas para universitários, outras 20 para familiares da vítima e do réu, além de autoridades. A entrada da imprensa também será limitada.

A sessão está prevista para começar às 9h. Operadores do direito avaliam que o júri poderá durar até 30 horas. Isso porque serão ouvidas quatro testemunhas de acusação e cinco de defesa.

A pena prevista para o crime de atentado violento ao pudor é de seis anos. Como a vítima tem menos de 14 anos, aumenta em três anos. O homicídio prevê 12 anos e aumenta em um terço por ser criança.

Detalhes do caso

* A menina Gabrielli Cristina Eichholz, de 1 ano e 7 meses, morreu horas depois de ser encontrada agonizando dentro da pia batismal de um templo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Joinville, Santa Catarina, durante um culto de sábado. Ela foi levada para o hospital regional, onde morreu. O laudo do Instituto Médico Legal constatou estrangulamento, um corte na cabeça e violência sexual.

* O enterro, no Cemitério São Sebastião, foi acompanhado com tristeza e revolta por parentes e vizinhos. Gabrielli foi levada ao templo às 9h de sábado pela prima da mãe, que mora com a família da menina perto da Igreja Adventista. Enquanto os adultos acompanhavam o culto, a menina teria ficado aos cuidados de uma recreadora, com outras crianças, numa sala nos fundos do templo.

* De acordo com Andréa Pereira, mãe de Gabrielli, a prima disse que de dez em dez minutos ia até a sala para ver se a menina estava bem. No final do culto, a prima e o namorado foram buscar a menina e a recreadora disse que o pai tinha acabado de levá-la. Um dos pastores comunicou o desaparecimento e, minutos depois, ela foi encontrada dentro da pia batismal, uma espécie de tanque usado para o batismo dos membros da igreja.

Fonte: O Barriga Verde

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