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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), descartou que o corte da verba de patrocínio das escolas de samba tenha motivação religiosa.

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella anunciou que reduzirá à metade o patrocínio das 13 escolas de samba do Grupo Especial, repassando R$ 1 milhão para cada uma no ano que vem.

Ao ser questionado se a decisão tinha relação religiosa, o prefeito respondeu: “Absolutamente. Tem a ver com a recessão que o Rio passa, apenas isso”. “Na época da campanha eu disse que nós iríamos aplicar os recursos dos últimos anos. Nos últimos anos, foi R$ 1 milhão [para cada escola], só no ano passado foi R$ 2 milhões”, afirmou Crivella, ao participar de uma homenagem ao prefeito de São Paulo, João Doria, no Copacabana Palace.

O presidente da Riotur, Marcelo Alves, disse que a prefeitura carioca vai propor aos dirigentes da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba) a captação de recursos para o Carnaval por meio de um edital de patrocínio, semelhante ao que garante o desfile dos blocos de rua.

A proposta será apresenta nesta segunda (19) numa reunião com os representantes das escolas de samba. Pelas regras do edital, as empresas comprariam espaços para a exposição de suas marcas durante o desfile do sambódromo.

“É o momento de sentarmos para crescer. A crise às vezes dá essa oportunidade. Temos que achar outros caminhos para ampliar a receita. Comparando com o que aconteceu com os blocos de rua, vamos atrair empresas para ajudar a pagar a conta. A ideia é encontrar novas propriedades para atrair patrocínio, tem potencial no carnaval das escolas para muito mais”, disse o presidente da Riotur, que descartou aumentar o repasse municipal para o desfile.

No sábado (17), representantes de escolas de samba participaram de um protesto contra a decisão do prefeito. Eles “desfilaram” da sede da prefeitura até o sambódromo. O grupo contou com cerca de 50 manifestantes, alguns com camisas de agremiações.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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