Desde que foi anunciada, a Marcha para Satanás foi vista por muitos cristãos, como nada mais que um ato de ‘militância política’.

Para muitos era apenas uma brincadeira, como muitos eventos falsos criados no Facebook com o objetivo de fazer piada.

Seus idealizadores diziam que era um movimento para pedir o “fim da influência teocrática em todas as instâncias do Estado supostamente laico”. Muitas páginas de Facebook foram criadas para divulgar os eventos em diferentes lugares. Estavam previstas para ocorrer Marchas em 15 estados. A maioria delas não aconteceu.

A página da marcha original, de São Paulo, acabou derrubada do Facebook após reclamações de usuários. Mesmo assim, em algumas capitais o evento foi além da rede social e se concretizou. Ao contrário do que diziam seus organizadores na internet, resultaram em grandes fracassos.

Nas últimas semanas diferentes grupos evangélicos fizeram “campanhas de oração” contra a realização do evento. Muitos cristãos deixaram comentários no Facebook, tentando mostrar o que a Bíblia diz sobre Satanás e afirmavam que estariam orando pelos participantes. Em todas elas foram ofendidos e as respostas eram acompanhadas de palavras e imagens blasfemando contra o nome de Deus.

[b]Como foi em cada cidade
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A maior delas, em São Paulo, embora tivesse a confirmação virtual de milhares de pessoas, reuniu cerca de 150 delas. Os manifestantes que chegaram para a concentração em frente à Catedral da Sé encontraram um grupo de católicos que se reuniram para “rezar contra” o evento.

Saindo pela Avenida Paulista, o pequeno grupo da Marcha não contou com carro de som. Seu grande destaque foi o personagem Toninho do Diabo. Em determinado momento, ela foi interrompida por seus próprios organizadores. Em um comunicado publicado na internet, limitou-se a dizer: “A explicação é simples, ameaças bem sérias aos organizadores. Como o intuito é promover a diversidade, paz e tranquilidade, preferimos nos resguardar e resguardar a todos os apoiadores do movimento”.

No Rio de Janeiro, o resultado não foi muito diferente. Apesar de milhares de pessoas se comprometerem virtualmente, pouco mais de 20 apareceram.

A concentração do ato se deu na Praia do Diabo, ao lado do Arpoador, de onde seguiram rumo a Copacabana, na zona sul carioca.

Alegando ser uma “resposta bem-humorada à “Marcha para Jesus”, seus poucos participantes fantasiados de demônios conseguiram, no máximo, despertar a curiosidade de quem passava pelo local.

A Marcha em Cuiabá contou apenas com seis pessoas. No local havia oito policiais e representantes da Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura de Cuiabá para garantirem a segurança. O resultado foi um evento cancelado, pois não tinham permissão para realizar o ato em vias públicas. Duas jovens acabaram detidas e encaminhadas para a delegacia por darem bebida alcóolica a uma adolescente.

Em Porto Alegre, a Marcha ocorreu sem maiores transtornos com as autoridades. Cerca de 30 pessoas saíram da Usina do Gasômetro e seguiram o trajeto anunciado.

Em Belém, apenas 10 pessoas apareceram para a Marcha, mas o evento foi cancelado por causa da chuva que caía sobre a cidade.

Nas outras cidades ou o evento simplesmente não aconteceu ou a participação foi tão insignificante que não recebeu atenção da imprensa local.

[b]Fonte: Gospel Prime com informações de Veja, Uol, Diário On-line e Olhar Direto[/b]

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