O deputado federal e pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) entrou nos Trending Topics do Twitter – como um dos assuntos mais comentados na rede social – na manhã desta quinta-feira (5) por causa de uma pergunta que ele fez na sua página oficial no Facebook.
Na enquete, Feliciano perguntava se depressão era “causada por uma doença natural ou por demônios”.
A pergunta do deputado federal, feita na noite da quarta-feira (4), já havia recebido mais de 440 mil respostas. Na enquete de Feliciano , 81% dos internautas confirmavam que a depressão é causada por uma doença natural, enquanto que 19% votaram na opção ‘demoníaca’.
A depressão é uma doença, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta hoje 322 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse total, que representa cerca de 5% da população mundial, só deve aumentar com o tempo, fazendo com que a doença se torne a segunda maior preocupação em termos de saúde pública no planeta. Em dez anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%.
Diante da pergunta feita por Marco Feliciano, internautas fizeram uma série de comentários, inclusive ironizando a questão do político. “Acho que é natural. O demo tá sempre comigo e vivo felizão”, brincou um usuário do Facebook. Outra internauta, por sua vez, publicou um comentário de uma psicóloga para refutar a hipótese levantada pelo deputado.
Preconceito
A depressão, assim como outras doenças mentais, é estigmatizada e sofre um certo preconceito. Esse preconceito, inclusive, segundo a própria OMS é o que leva muitas pessoas a não procurarem ajuda e tratamento adequado para superar a doença.
Segundo a organização, apenas metade das pessoas com quadros depressivos trata a doença, seja com sessões de terapia – em casos considerados leves — ou com uso medicamentoso – indicados para situações moderadas e graves.
“Estou procurando evidências de que isso seja uma brincadeira, não é possível que um parlamentar com a visibilidade que você tem possa fazer esse tipo de enquete”, criticou um internauta.
Marcos Feliciano não se pronunciou sobre a repercussão da enquete.
Com informações do Último Segundo