Pastor e deputado federal Marco Feliciano (foto: Reprodução)
Pastor e deputado federal Marco Feliciano (foto: Reprodução)

O pastor e deputado federal, Marco Feliciano, publicou uma nota nas redes sociais onde fala sobre a decisão do partido Podemos de expulsá-lo da legenda.

Em nota, Marco Feliciano disse que a sua expulsão do Podemos é uma trama do presidente estadual, Mário Covas Neto, para colocar o partido a reboque dos interesses de Bruno Covas.

Veja a nota do deputado, que está em viagem ao Senegal.

Em relação a minha expulsão do Podemos, assim me manifesto:

1 – Ser expulso de um partido por apoiar o presidente Bolsonaro é para mim motivo de orgulho. Por isso aceito a decisão.

2 – Contudo, saliento que se tratou de um processo de exceção, onde sequer fui intimado a me defender.

3 – Os motivos elencados pelo partido para me expulsar são todos mentirosos. Afinal, se fossem verdade, teriam que expulsar quase todos os deputados federais, pois como eu pediram à Câmara ressarcimento de gastos em saúde.

4 – Nesse sentido, afirmo que jamais cometi qualquer irregularidade na minha vida pública, e quem disser ao contrário será devidamente processado civil e criminalmente.

5 – Por fim, deixo claro que tudo isso é uma trama do presidente estadual do Podemos, Mário Covas Neto, que colocou o partido a reboque dos interesses de seu parente Bruno Covas.

Dacar, Senegal, em 9/12/2019.

Deputado Marco Feliciano.
Vice-Lider do Governo no Congresso Nacional.

No seu Twitter, Feliciano diz que Mario Covas Neto “ficou com medo de eu ser candidato à prefeito de São Paulo e me expulsou”.

A denúncia que originou a expulsão de Feliciano cita uma série de acusações ao deputado. Entre elas, estão os gastos de R$ 157 mil referentes a um tratamento odontológico reembolsados pela Câmara, caso revelado pelo jornal Estado.

Além disso, o apoio irrestrito ao presidente Jair Bolsonaro, acusações de assédio sexual no gabinete, recebimento de propina, pagamento a supostos funcionários fantasmas e até comentários sobre o cantor Caetano Veloso, segundo informa o Estadão.

O partido decidiu expulsar Feliciano por “incompatibilidade programática e comportamento incondizente com as diretrizes” do Podemos.

A saída forçada de Feliciano ocorre dentro da estratégia do Podemos de se afastar do “bolsonarismo” e se firmar como a sigla da Lava Jato.

O partido tem atraído parlamentares da centro-direita descontentes com o governo e, só no Senado, passou de cinco para dez parlamentares nos últimos meses – a segunda maior bancada.

Dirigentes do Podemos querem desvincular a imagem do partido à de Feliciano. Alguns deputados e senadores, citam as fontes nos bastidores, condicionam a negociação de migração para a legenda à saída do deputado dos quadros do Podemos.

Fonte: O Antagonista e Estadão

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