Psicóloga cristã Marisa Lobo
Psicóloga cristã Marisa Lobo

A psicóloga evangélica Marisa Lobo se pronunciou sobre a polêmica peça de teatro “Auto da Camisinha”, na qual um ator apareceu vestido de palhaço com um “pênis gigante” preso à cintura. A apresentação aconteceu dentro de uma escola do Distrito Federal.

“Isso é uma agressão, uma violência psicológica contra a criança. Isso antecipa fases do erotismo. É um absurdo o que estão fazendo dentro das escolas, tirando a inocência das crianças. Psicologicamente isso terá consequências. Essas crianças podem se tornar viciadas em pornografia, por causa dessa brincadeira absurda. Eles colocam juízo de valor quando falam de sexualidade para criança e isso é agressão. Isso é contra o Estatuto da Criança e do Adolescente”, declarou a psicóloga ao Pleno.News.

Lobo ainda acrescentou que não se trata de recriminar ou ser atrasado, e sim da desconstrução da inocência da criança.

“O que está acontecendo com essa nova forma de tratar a sexualidade infantil é que estamos preparando as crianças para ficarem em uma patamar de igualdade, em termos de sexualidade, com adultos. Ou seja, estamos preparando a criança para se envolver com pedófilos. Então, adiantar a fase sexual de uma criança é uma agressão, a criança tinha que estar discutindo isso na escola de uma forma muito branda, muito serena”, esclarece.

O caso

A apresentação da peça O auto da camisinha, da Cia de Teatro Hierofante, em uma escola de Planaltina, provocou críticas nas redes sociais depois de uma internauta postar um vídeo no qual questiona a adequação do espetáculo para o público escolar.

Com a repercussão, o Centro de Ensino Fundamental 3 (CEF 3) da região administrativa disse lamentar o ocorrido, enquanto o grupo teatral afirma que a peça já foi apresentada mais de 640 vezes em vários estados e no exterior, sempre com o objetivo de promover a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes.

No vídeo, que no fim da tarde desta quinta-feira (10/5) contava com 346 mil visualizações, a internauta critica uma cena da peça, em que um dos atores, vestido de palhaço, traz um pênis inflável gigante amarrado à cintura. “Isso aqui é coisa de estar na escola? Isso é inadmissível”, opina a autora da postagem, que critica ainda a letra de uma das canções do espetáculo, que traria o verso “Pega pega a minha rola”. Nos mais de mil comentários, a maioria das pessoas concorda com a mulher.

Procurada pelo jornalismo do Correio Braziliense, a direção do CEF 03 de Planaltina disse lamentar o ocorrido. “Manifestamos nosso compromisso com a comunidade escolar no sentido de buscar dirimir quaisquer situações constrangedoras”, afirmou a escola, por meio de nota.

Segundo a instituição, a apresentação foi acertada em parceria com a Secretaria de Saúde e a Secretaria de Cultura do DF. “O tema faz parte do currículo oficial da Secretaria de Educação. A parceria primava pela informação de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis no contexto educacional”, prosseguiu o colégio. “Em nenhum momento o material entregue pela companhia teatral explicitava cenas com teor pornográfico. A escola não teve acesso prévio às imagens, figurinos e trilha sonora utilizadas na apresentação. Ao receber a apresentação, objetivou-se o viés pedagógico do tema, tão importante para os alunos nessa faixa etária”, concluiu.

A Secretaria de Educação (SEEDF) se pronunciou afirmando que “a intenção pedagógica da direção era enfatizar a importância do uso do preservativo para alunos de 8º e 9º ano do Centro de Ensino Fundamental 3 de Planaltina, em especial por se tratar de uma região com vulnerabilidade social”. No entanto, a SEEDF afirmou que a peça não foi submetida à análise da pasta e classificou como um erro a ação do CEF 3 de permitir, sem avaliação prévia de conteúdo, a apresentação.

Fonte: Pleno News e Correio Braziliense

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