A senadora Marta Suplicy (PT-SP) afirmou nesta quarta-feira (20) que o documento final da Rio+20 representa uma “grande derrota” para as mulheres.

Ela também teceu críticas a religiões, às quais atribuiu o que considerou um retrocesso “além de todos os limites”.

A senadora se referia ao fato de que o texto final da conferência, apresentado pelo Brasil e acordado pelos demais países, excluiu a expressão “direitos reprodutivos” ao abordar os direitos femininos. O termo, que designa a autonomia da mulher para decidir quando ter filhos, foi substituído por “saúde reprodutiva”.

A mudança foi feita por pressão do Vaticano, que recebeu apoio de países como Chile e Egito.

“Acordos entre 193 países são realmente bastante complicados e exigem concessões, mas retroceder em um texto aprovado na conferência do Cairo em 94 foi além de todos os limites”, afirmou Marta Suplicy, citando acordo anterior que já reconhecia os direitos reprodutivos femininos.

“Religiões cada vez mais impositivas estão ganhando espaço às custas da saúde da mulher”, criticou.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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