O exército egípcio matou 27 pessoas – incluindo pelo menos 23 cristãos – que protestavam contra a queima de uma igreja que foi removida sem qualquer respeito pelos militares do governo de transição do Egito, disseram ativistas de direitos humanos.

Os ativistas, junto com os membros das igrejas do Egito disseram que os ataques e a negação de que não ocorreu nenhum delito pelo Conselho Superior das Forças Armadas (SCAF) tirou toda a credibilidade que o exército tinha entre os cristãos, os muçulmanos moderados e os “secularistas”.

Em vez de assumir a responsabilidade pelas mortes dos civis, os militares, que não foram identificados, culparam os próprios civis chamando-os de “inimigos da nação”. Wagih Jacoub, um ativista copta de direitos humanos, foi ferido durante o ataque e estava enfurecido com a negação dos soldados: “Eles são mentirosos”, disse ele.

Jacoub disse que na noite do protesto “o inferno estava sobre a Terra”. Ele disse que estava caminhando com os manifestantes quando foi atingido pelas balas do que ele descreveu como uma espingarda caseira.

“De repente, eu estava sangrando. Minha cabeça estava toda ensangüentada”, disse ele. Jacoub contou também que ele teve num corte na parte superior da cabeça com uma faca que fez com que ele caísse no chão e perdesse a consciência.

Depois de ter seus ferimentos tratados, Jacoub vagou pelos corredores do hospital e ficou em estado de horror e descrença no que via. Corpos de pessoas que estava nos protestos chegavam junto com parentes e familiares chorando e gritando.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]

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