O aiatolá Mohammed al-Sistani, a máxima autoridade religiosa xiita do Iraque, pediu neste sábado a sunitas e xiitas iraquianos que se unam e rejeitem a violência sectária, que, nos últimos 12 meses, deixou milhares de mortos no país.

O clérigo fez o pedido em mensagem divulgada de sua sede, localizada na cidade santa xiita de Najaf, 180 quilômetros ao sul de Bagdá.

Sistani ressaltou a necessidade de os seguidores dessas dois ramos do Islã no Iraque “fortalecerem seus laços de amizade para conviverem pacificamente, com respeito, e sem tensões sectárias, sejam quais forem seus objetivos”.

Nesse sentido, o líder religioso mostrou seu decepção com a “existência de algumas pessoas e círculos – não identificados – que trabalham para consagrar a separação, a divisão e o aprofundamento das divergências sectárias entre os muçulmanos”.

Além disso, o clérigo pediu que sejam evitadas “polêmicas sobre diferenças de credo fora do marco de uma pesquisa científica séria e ponderada”.

Por fim, advertiu que a violência sectária que Iraque “beneficia os inimigos ambiciosos, que desejam controlar os países islâmicos e apoderar-se de suas riquezas”.

A violência sectária no Iraque teve início em fevereiro do ano passado, quando um atentado destruiu a cúpula de um grande santuário xiita da cidade de Samarra, ao norte de bagdá.

Fonte: EFE

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