Um médico cristão foi informado pelo governo britânico que ele não será mais empregado pelo Serviço Nacional de Saúde, onde trabalhou por 26 anos, porque não consegue identificar pacientes transexuais com seus nomes escolhidos.
David Mackereth disse ao The Sunday Telegraph que ele não servirá como assessor de deficiência do Departamento de Trabalho e Pensões por acreditar, com base em sua fé e profissão, que o gênero é determinado no nascimento, e não algo que pode ser escolhido.
“Não estou atacando o movimento transgênero. Mas estou defendendo meu direito à liberdade de expressão e à liberdade de crença”, explicou Mackereth.
“Eu não acredito que eu deveria ser obrigado a usar um pronome específico. Eu não estou planejando incomodar ninguém. Mas se perturbar alguém pode levar os médicos a serem demitidos, então, como uma sociedade, temos que examinar para onde estamos indo.”
Mackereth, que é um Batista Reformado, revelou que ele foi submetido a um curso de treinamento em maio para o papel de DWP (sigla em inglês para “Departamento de Trabalho e Pensões”), mas foi informado de que ele deve se referir aos pacientes como o gênero com o qual eles se identificam. Ele também foi informado de que o gênero é “flexível”.
“Eu disse que tinha um problema com isso. Acredito que o gênero é definido pela biologia e pela genética. E que, como cristão, a Bíblia nos ensina que Deus fez os humanos, homem ou mulher. Eu poderia ter mantido minha boca fechada. Mas foi o momento certo para falar”, afirmou.
“O tutor me levou de lado e disse que tinha passado meus comentários para o DWP”.
A Advanced Personnel Management, agência que o teria contratado, disse em um e-mail que a posição de Mackereth sobre o gênero “poderia ser considerada como assédio, conforme definido pelo 2010 Equality Act”.
O médico explicou que ele não pode mudar suas crenças e seguir as demandas, o que levou ao término do contrato.
“Em primeiro lugar, não podemos dizer em que acreditamos. Segundo, como mostra meu caso, não podemos pensar no que acreditamos. Finalmente, não podemos defender o que acreditamos”, afirmou Mackereth.
“Ao declarar o que tem sido acreditado pela humanidade durante séculos – ou seja, que gênero e sexo são determinados no nascimento – você pode sofrer um ataque feroz.”
O NHS (sigla em inglês para Serviço Nacional de Saúde) atraiu controvérsias em várias ocasiões no ano passado, incluindo novas diretrizes em janeiro, oferecendo exames de câncer de mama e de Papanicolau para homens que se identificam como mulheres apesar de não terem o colo do útero.
Enquanto isso, o Serviço Nacional de Saúde aconselhou que não enviassem convites para mulheres que se identificassem como homens para fazer exames de câncer de mama e e de Papanicolau, por medo de ofendê-las.
“Chegamos agora ao ponto em que o conluio estatal com essa agenda de transgêneros põe em risco a saúde das mulheres. É um uso absurdo dos recursos do Serviço Nacional de Saúde convidar homens para um teste de papanicolau enquanto é imoral e perigoso não convidar mulheres”, disse Laura Perrins, ativista de mulheres conservadoras.
Fonte: The Christian Post