Montagem da bandeira do Cazaquistão com mãos postas e uma Bíblia
Montagem da bandeira do Cazaquistão com mãos postas e uma Bíblia

Os fundadores da New Life Pentecostal Church, no Cazaquistão, entraram com pedido para registrar a igreja pela segunda vez em maio de 2019.

A partir disso, oficiais do governo começaram a fazer visitas noturnas aos membros da igreja com uma abordagem agressiva.

Uma das fundadoras da igreja é uma senhora com cerca de 70 anos de idade. Em um dia de maio, ela recebeu a visita da polícia por volta das 22h. O inspetor de polícia bateu a sua porta fazendo um barulho enorme no corredor. Quando ela se recusou a abrir para ele, foi ameaçada, membros da igreja contaram ao Forum 18, uma organização de direitos humanos que promove liberdade religiosa.

Não está claro por que os fundadores da igreja foram procurados e questionados. O Forum 18 aponta que a lei do Cazaquistão requer que as comunidades religiosas tenham ao menos 50 cidadãos adultos como fundadores. Se esse número é reduzido, a comunidade deixará de existir legalmente.

O Cazaquistão considera o cristianismo uma religião russa e alguns veículos da mídia controlados pelo governo retratam os cristãos protestantes como uma ameaça para a segurança e a sociedade.

No começo de 2019, o Ministro do Interior do Cazaquistão admitiu manter uma lista com 22.945 nomes de pessoas que pertencem a “movimentos religiosos destrutivos”.

O então ministro Kamukhanbet Kasymov afirmou: “A presença de um indivíduo na lista não acarreta nenhuma consequência legal. Ela é usada exclusivamente com o objetivo de prevenir o aumento de ideias radicais entre a população”.

Igrejas locais disseram que sua liberdade de culto está declinando gradualmente. Igrejas registradas são checadas com mais frequência e enfrentam crescente restrição.

Para igrejas sem registro, está se tornando ainda mais difícil se reunir. Isso é confirmado por um relatório de julho de 2019 da Forum 18, que observou que a pressão sobre as comunidades religiosas está crescendo no Cazaquistão.

Fonte: Portas Abertas

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