A Igreja Católica mexicana acusou a Rede de Sobreviventes de Abuso Sexual por Sacerdotes, sediada nos Estados Unidos, de tentar “lucrar com a Justiça”, depois que se apresentou em Los Angeles um processo contra o cardeal mexicano Norberto Rivera, acusado de proteger um padre suspeito de pedofilia.

A Rede tenta “comercializar a Justiça” e visa ao “lucro”, que seria alcançado “de forma imoral”, usando as vítimas, disse em entrevista coletiva o porta-voz do cardeal, Hugo Valdemar.

“Os senhores não têm prova alguma e o que buscam é uma vantagem econômica, mas nem o cardeal nem a arquidiocese (da Cidade do México) aceitam chantagens e obviamente isto vai chegar ao conhecimento das autoridades mexicanas para que se proceda conseqüentemente”, sustentou Bernardo Fernández, advogado da arquidiocese mexicana.

A organização e Joaquín Aguilar, vítima de violação em 1994 no México, supostamente pelo padre mexicano Nicolás Aguilar, cujo paradeiro é desconhecido, apresentaram uma denúncia em Los Angeles contra Norberto Rivera e o arcebispo desta cidade americana, Roger Mahony, por encobrir o caso.

A Igreja Católica do México denunciou as acusações de encobrimento e nesta quinta-feira seu advogado, Bernardo Fernández, disse que em termos jurídicos “não existe” nenhuma prova contra o cardeal.

“Esta associação sem dúvida tem sido muito bem sucedida (na perseguição de sacerdotes pedófilos nos Estados Unidos) e obteve lucros multimilionários. Imagino que queiram transferir o mesmo sistema para o México”, considerou o porta-voz do cardeal mexicano.

Nicolás Aguilar foi sacerdote nos Estados Unidos (Los Angeles) e no México e nos dois países têm 80 denúncias de abuso de menores.

Fonte: AFP

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