Um debate sobre o tema “Liberdade Religiosa e Diversidade Sexual: Um casamento possível?” no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie causou polarização entre o público presente.

Os debatedores foram o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ) e o diretor honorário da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE, Dr. Guilherme Schelb, que procurou abordar os aspectos jurídicos referentes ao tema.

Apesar de o objetivo do evento ser a livre exposição de idéias a respeito dos temas em questão, a discussão foi prejudicada pelas manifestações exaltadas da platéia, que por meio de gritos, vaias e impropérios, se dirigia a Schelb, além e do próprio Wyllys, que se mostrou refratário a idéias contraditórias às suas.

Schelb abordou aspectos jurídicos a respeito da criminalização de opiniões e manifestações de pensamento contrários ao movimento gay, questões contempladas pela PLC 122/2006, mostrando cabalmente o aspecto inconstitucional da proposição. Além disso, falou sobre o material conhecido como kit gay, que contem aspectos que promovem a erotização da infância.

“Temos que respeitar as pessoas que têm idéias contrárias às nossas. Criminalizar opiniões contrárias – como querem o movimento gay e o PL 122 – só encontra respaldo histórico no direito nazista alemão”, disse Schelb.

E mostrou que sua postura calma e equilibrada, ainda que firme, procurou traduzir um comportamento cristão. “Não podemos aceitar a intolerância, ainda que para defender minorias. Como cristãos, agimos diferente: combatemos o pecado com vigor, mas respeitamos o indivíduo e sua dignidade humana, independente do que se faça ou fale”, disse citando Gálatas 3:28.

O presidente da ANAJURE Dr. Uziel Santana ressaltou que as universidades são tradicionalmente espaços que privilegiam a liberdade de pensamento e a possibilidade de se discutir todos os temas sociais. Segundo ele, esse tipo de encontro “é importante desmascarar o autoritarismo e caráter destrutivo e socialmente maléfico de ideias, pensamentos e políticas públicas como as que propõe, a respeito de alguns assuntos, o movimento LGBT brasileiro”.

Lamentou, no entanto, a tentativa de impedir a livre manifestação de idéias. “O lamentável do debate foi o clima hostil e antidemocrático dos militantes gays presentes. Isso não se coaduna com o Estado Democrático de Direito, muito menos com o princípio da universalidade do conhecimento ínsito ao meio acadêmico e universitário”, conclui.

[b]Fonte: Gospel Prime.com.br[/b]

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