Na tarde da última quinta-feira, o Ministro da Saúde Alexandre Padilha recebeu 107 líderes de 84 entidades religiosas de todo o país para unir forças no combate à dengue no Brasil.

A doença ganhou foco visto maior incidência no mês de janeiro e sendo que já dezesseis estados do país estão em risco alto ou muito alto de enfrentar epidemia de dengue. Somente no primeiro semestre de 2010, 482.284 casos foram confirmados, considerado recorde de notificações.

Representantes da Igreja Católica e Protestante, Sacerdotes, Pastorais da Saúde e da criança, líderes religiosos de outras crenças e as emissoras de TV compareceram ao auditório Emílio Ribas, na sede do ministério da Saúde, para conhecer detalhes da campanha nacional contra a dengue e do mapa de risco de surto da doença no país.

O Ministério da Saúde acredita no poder de mobilização da Igreja dentro das comunidades para a transmissão da mensagem de eliminação dos criadouros do mosquito, e em caso de qualquer sintoma procurar uma unidade de saúde.

“Nós precisamos muito de todos para que no dia a dia do culto, no dia a dia do encontro religioso, no dia a dia das atividades que são feitas, aquele momento em que a pessoa está passando a palavra para os fiéis, é fundamental que a gente aproveite esse momento para cuidar mais tanto da nossa saúde como da nossa casa e da nossa comunidade,” disse Alexandre Padilha.

O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, abriu o encontro, apresentando os dados mais recentes sobre a dengue e as peças publicitárias elaboradas pelo Ministério da Saúde para orientação à população, gestores públicos, educadores e parceiros. O Ministro Alexandre Padilha reforçou que o combate à dengue não pode ser restrito ao setor saúde.

“O mosquito da dengue vive no dia-a-dia das pessoas, das comunidades, dos bairros… As lideranças religiosas têm o papel fundamental de juntar as pessoas, mobilizá-las, de ajudar as pessoas a tomar consciência de seus hábitos. Para enfrentar todos os problemas de saúde é muito importante a participação das lideranças religiosas, sobretudo no combate à dengue,” destacou o ministro.

As mensagens de prevenção e de orientações sobre a doença serão repassadas durante cultos e encontros religiosos. Dentre outras iniciativas, as entidades também poderão realizar mutirões de limpeza de terrenos e casas; coordenar reuniões entre fiéis e equipes técnicas estaduais e municipais de Saúde para repassar informações, além de reproduzir as peças publicitárias fornecidas pelos ministérios em sítios eletrônicos, quadro de avisos, publicações e programas de rádio e TVs ligados às várias doutrinas.

O Rev. Luiz Alberto Barbosa secretário geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) informou que coloca as unidades à disposição na divulgação da campanha.

“Sabemos que é um problema de saúde grave que todos os anos tem se agravado no Brasil então nós estamos colocando as nossas unidades à disposição para divulgar e também fazer com que a campanha acabe salvando vidas.”

O pastor e senador da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, Marcelo Crivella, parabenizou o ministério da Saúde pela iniciativa.

“Trazer as lideranças religiosas para a propagação de políticas de saúde é uma iniciativa criativa e altamente proativa. Se contarmos apenas a Sara, o combate à dengue ganha hoje cerca de um milhão de novos colaboradores,” destacou.

Há quatro anos, o sacerdote George da Catedral de Brasília, enfrentou por quatro dias febre alta e dores intensas pelo corpo até decidir procurar um pronto socorro.

“Quase morri porque pensei que era gripe, não me hidratei corretamente e demorei a ir ao médico. Fiquei cinco dias internado. A demora em buscar atendimento é que faz com que centenas morram de dengue.” Assim ele confirma o seu apoio, “Por isso, estarei pessoalmente envolvido nesta campanha.”

A pastoral da saúde já vem fazendo conscientização das famílias que são visitadas pelos agentes. Ela agora pretende reforçar o trabalho com a ajuda do ministério.

[b]Fonte: Christian Post[/b]

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