O Ministério Público Federal (MPF) através do procurador Peterson de Paula Pereira abriu investigação civil para averiguar a concessão de passaporte diplomático para o líder da igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, e para sua esposa, Franciléia de Castro Gomes de Oliveira.
Eles receberam o documento em janeiro do Itamaraty baseado no Decreto nº 5.978/2006, que permite que o passaporte diplomático seja dado a pessoas que viajarão “em função do interesse do país”.
Em geral, as pessoas que possuem um passaporte diplomático têm fila especial nos aeroportos e são submetidos a regras diferenciadas para concessão de visto das pessoas que portam passaportes comuns.
Quando o passaporte foi emitido, o Itamaraty não forneceu nenhum detalhe, mas informou que a igreja Mundial do Poder de Deus alegou interesse em dar continuidade ao trabalho desenvolvido no Brasil, já que, para conseguir o documento, é necessário que a instituição exerça “uma atividade que justifique o trabalho exterior”
Tradicionalmente, o Itamaraty fornece esse tipo de documento a cardeais da igreja Católica. Por isso, também passou a conceder esse benefício a representantes de outras religiões.
De acordo com o colunista da Folha de São Paulo Frederico Vasconcelos, o MPF abriu um procedimento administrativo com base numa representação de Ronald Durão Meziat Junior, sob alegação de que “tais pessoas [Valdemiro e sua esposa] não representam o país e que, inclusive, o bispo responderia a processos judiciais”.
[b]Fonte: The Christian Post[/b]