A vereadora evangélica, em Recife, Michele Collins (PP) se tornou alvo de um inquérito do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que apura se a parlamentar praticou o crime de de violação à liberdade religiosa das diversas Comunidades de Terreiro. A decisão foi publicada pelo Diário Oficial do sábado (10).
Michele Collins publicou em sua página do Facebook um post no qual afirmava que estaria “clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra em nome de Jesus”.
A publicação da vereadora, que também é missionária, foi excluída da mídia social, após ser alvo do repúdio e possíveis ações jurídicas de um terreiro de candomblé (terreiro Nagô) e gerar polêmica por suas declarações sobre o orixá cultuado por religiões afro.
De acordo com o MPPE, a violação teria sido cometida no evento “Seminário de Intercessão em Recife”, promovido pela Igreja Família 61 no dia 3 de fevereiro, na praia de Boa Viagem, no Recife.
Junto a uma foto que mostrava várias pessoas orando na praia de Boa Viagem, em Recife (PE), a legenda de Michelle dizia: “Noite de Intercessão no Recife, orando por Pernambuco e pelo Brasil, na Orla de Boa Viagem, clamando e quebrando toda maldição de Iemanjá lançada contra nossa terra em nome de Jesus. O Brasil é do Senhor Jesus. Quem concorda e crê diz amém”.
A parlamentar deverá comparecer à 7ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos para prestar esclarecimentos em uma data ainda ser marcada.
A abertura do inquérito foi decidida pelo 7º Promotor de Justiça de Defesa da Cidadania, Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Westei Conde y Martin Junior.
O promotor convocou representantes da Igreja Família 61, da Comunidade de Terreiro Axé Àse Òrisànlá Tàlábí e diversas Comunidades de Terreiro no Estado para prestarem esclarecimentos.
Os advogados Pedro Josephi e Daniela Portella já haviam protocolado uma representação na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Recife contra Michele Collins na última quinta-feira (8). Segundo eles, a parlamentar teria cometido crimes contra o sentimento religioso, de injúria e de intolerância religiosa.
Fonte: Rádio Jornal e Guia-me