A afirmação foi feita pelo bispo anglicano Robinson Cavalcanti, 67, da Diocese de Recife (PE)

O bispo anglicano Robinson Cavalcanti (foto), 67, da Diocese de Recife (PE), acredita que uma “minoria materialista” esteja impondo ao Brasil uma “ateucracia”, conforme, segundo ele, demonstra um movimento antirreligioso que tomou força no país.

Ele escreveu que, por conta disso, integrantes da tal minoria atacam as religiões monoteístas, sobretudo as do cristianismo, por julgá-las intolerantes, autoritárias e retrógadas. “A religião, para seus adversários secularistas, deveria apenas ficar confinada às quatro paredes dos templos e dos lares, à subjetividade de cada um, condenada à irrelevância.”

Ele argumentou que a defesa dissimulada do Estado secular, apresentando-o como se fosse Estado laico, tem sido o subterfúgio “dos ateus, agnósticos e materialistas secularistas” para cercear a liberdade de expressão da “maioria religiosa dos cidadãos”.

“O que essa elite iluminada [uma referência irônica ao iluminismo] tem dificuldade de aceitar é o fato de que, no século 21, a religião em vez de diminuir está aumentando, no que Giles Kepel denomina “a revanche de Deus”, e que dá o título do novo “best-seller” de John Micklethwait e Adrian Wooldridge, “Deus Está de Volta”, escreveu Cavalcanti.

O bispo afirmou que faz parte desse complô materialista a “chatice do politicamente correto”, que inclui “a chamada agenda GLSTB (gays, lésbicas, simpatizantes, transgêneros e bissexuais”). Para ele, os homossexuais são uma “anomalia” que foi retirada do “rol das enfermidades e dos ilícitos” quando se instituiu a união estável dos gays.

Cavalcanti conclamou a maioria religiosa a resistir à autocracia dos ateus e agnósticos que está se instalada no Brasil “sob a fachada da democracia”, a exemplo do que, segundo ele, já ocorre em outros países ocidentais.

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[b]Fonte: Paulolopes[/b]

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