De perseguidos os “evangélico” passaram a perseguidores, quando setores neopentecostais demonizam a Umbanda e o Candomblé, denunciou a Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra, em manifesto dirigido às igrejas.
“É indispensável que os nossos púlpitos e sermões estejam isentos de qualquer conteúdo racista ou de intolerância”, diz o manifesto, lembrando que evangélicos não podem esquecer que suas igrejas “já foram perseguidas pelo ímpeto da intolerância”. Por isso, o documento conclama as igrejas evangélicas brasileiras a buscarem a superação do racismo e da intolerância religiosa.
O manifesto recorda que os evangélicos eram chamados de “bodes” e que Bíblias foram confiscadas e queimadas em praça pública. “Esta perseguição estendeu-se até a década de 40 do século passado e começou a diminuir na década de 60 e 70”, assinalam os 11 organismos representados na Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra, reunida em São Paulo, em final de novembro.
Assinaram o manifesto, entre outros, o Fórum de Afrodescendentes Evangélicos, a Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo, a Aliança de Negros e Negras Evangélicos Brasileiros,o Fórum de Lideranças Negras Evangélicas.
Fonte: ALC