Um muçulmano convertido ao cristianismo, Fariborz Arazm, está desaparecido desde sua prisão por oficiais de segurança à paisana, na semana passada.
De acordo com o Mohabat News, em 17 de outubro de 2011, um grupo de quatro oficiais participou de uma batida repentina na casa do senhor Arazm, prendendo-o e depois transferindo-o para um lugar desconhecido. A batida ocorreu às 7h30 da manhã no horário local, logo antes de ele sair para o trabalho.
Ao que tudo indica, os oficiais vasculharam a casa de cima abaixo e deixaram uma bagunça quando saíram. Os oficiais à paisana confiscaram o disco rígido do computador do senhor Arazm, CDs, fotografias e algumas Bíblias. A família do senhor Arazm também foi ameaçada, obrigada a permanecer em silêncio e não falar sobre o incidente com ninguém.
O Artigo 32 da Constituição da República Islâmica do Irã claramente declara que “ninguém pode ser preso, sem que um mandado legal tenha sido expedido contra esta pessoa. Também a razão da prisão deve ser claramente notificada ao preso. Assim sendo, o caso inicial deve ser enviado para ser revisto pelas rigorosas autoridades judiciais em 24 horas. Também, o caso deve ser encaminhado o mais rápido possível.”
[b]Ele não está sozinho
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Ao mesmo tempo, de acordo com o relato recebido pelo Mohabat News, outro cristão chamado “Mohammad” foi preso em outra cidade, Shahriar. As autoridades o interrogaram sob a acusação de cristianismo.
Durante o interrogatório, Mehdi declarou que ele estava estudando a religião cristã. Os interrogadores então o questionaram sobre sua fé cristã mais detalhadamente e o ameaçaram, mas o liberaram algumas horas depois. Este incidente aconteceu apesar de o Artigo 32 da Constituição declarar que a “inquisição é proibida e ninguém pode ser molestado ou interrogado por causa de sua fé.”
Nota-se que discriminação e perseguição contra as minorias religiosas sempre foram problemas importantes com relação à situação de violação dos direitos humanos pelo regime iraniano, durante os últimos 30 anos. Ahmad Shaheed, inspetor especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos no Irã, também mencionou este assunto em seu primeiro relatório. Ele indicou que as minorias religiosas dentro do Irã enfrentam restrições sérias com relação aos seus direitos e à sua prática religiosa.
O senhor Arazm, 44 anos, é pai de dois filhos. Ele não pôde entrar em contato nem visitar sua família desde sua prisão. Devido à natureza da situação, a família do senhor Arazm sofreu muito estresse e ansiedade, e também está preocupada com sua saúde. Nenhuma informação sobre as acusações estavam disponíveis no momento da prisão, mas agora se sabe que a razão de ele ter sido preso está relacionada com sua fé cristã.
[b]Fonte: Missão Portas Abertas[/b]