Mídia, teólogos e pesquisadores parecem estar em um consenso de que os dados mostram que o cristianismo americano está em um declínio acentuado. Uma série de pesquisas dos últimos anos revelou que a Igreja está perdendo os seus membros em um ritmo alarmante.
Mas, embora os analistas continuem a avaliar e contestar a validade de tais estudos, uma coisa é clara: há outra comunidade de fé experimentando um declínio ainda mais acentuado, e muito poucos estão falando sobre isso. Essa religião é o islamismo.
Uma pesquisa do Pew feita no início deste ano mostra que, enquanto a população muçulmana dos Estados Unidos cresceu cerca de 50% na última década, surpreendentes 23% daqueles que cresceram como muçulmanos não mais se identificam com essa fé.
Isso significa que, aproximadamente, 1 em cada 4 muçulmanos nos EUA deixará sua fé.
A pesquisa pediu que os convertidos do Islã explicassem, em suas próprias palavras, suas razões para deixar a fé. Um quarto citou questões com religião e fé em geral, dizendo que eles não gostam de religião organizada (12%), que eles não acreditam em Deus (8%), ou que eles simplesmente não são religiosos (5%).
Aproximadamente um em cinco citou uma razão específica para sua experiência com o Islã, como ser criado muçulmano, mas nunca se conectar com a fé (9%) ou discordar dos ensinamentos (7%) do Islã.
De acordo com o jornalista Michael David, do Catholic Herald, “os americanos estão abandonando as mesquitas mais rápido do que abandonando as igrejas”.
Há também um fator importante que parece aumentar a probabilidade de um êxodo da fé islâmica: a imigração. Segundo Pew, “uma diferença marcante entre os ex-muçulmanos e aqueles que sempre foram muçulmanos está na parcela que vem do Irã. Aqueles que deixaram o Islã são mais propensos a serem imigrantes do Irã (22%) do que aqueles que não mudaram de fé (8%). ”
A pesquisa revelou ainda, algo bastante chocante, o Pew descobriu que a maioria daqueles que estão se convertendo ao Islã foram criados na fé cristã.
“Cerca de metade dos convertidos ao islamismo (53%) se identificou como protestante antes de se converter; outros 20% eram católicos. E cerca de um em cinco (19%) se disseram que não tinham religião antes de se converter ao islamismo”, observou Pew.
Mas qual seria a razão para renegar a Cristo e abraçar o profeta Maomé? 21% disseram que estudaram textos religiosos e investigaram o Islã antes de tomar a decisão para mudar de vida.
Outras razões para abandonar o cristianismo e abraçar o Islã estão relacionadas a um crescente senso de comunidade, um potencial parceiro de casamento que já seguiu o Islã ou a apresentação da fé islâmica por um amigo.
O Pew Research Center estimou que havia cerca de 3,45 milhões de muçulmanos de todas as idades vivendo nos EUA em 2017. A organização observou que os muçulmanos representam cerca de 1,1% da população total dos EUA.
Aqueles de uma fé católica, provavelmente, continuarão em sua fé. Mas muito disso também tem a ver com o status de imigração, afirmou Michael David, na mesma matéria do Catholic Herald :
“Os filhos ou netos de imigrantes que deixam de praticar a fé são mais propensos a identificar-se, apenas nominalmente, a religião de sua família. Como a imigração católica é muito alta, há muitos católicos “culturais” ou “nominais”: aqueles que se identificam com a fé, mas não frequentam a missa. Entretanto, os protestantes “sem igreja” são mais propensos a se identificar como não-religiosos.
Em um estudo de 2017, o Public Religion Research Institute afirmou que os cristãos brancos agora respondem por menos da metade do público americano:
“Hoje, apenas 43% dos americanos se identificam como brancos e cristãos, e apenas 30% como brancos e protestantes. Em 1976, cerca de oito em cada dez (81%) americanos identificavam-se como brancos e com uma denominação cristã, e a maioria (55%) eram protestantes brancos”, observou o PRRI no Sumário Executivo do estudo.
Além disso, a organização descobriu que os grupos religiosos mais jovens da América são “todos não-cristãos”.
“Muçulmanos, hindus e budistas são todos muito mais jovens do que grupos cristãos brancos. Pelo menos um terço dos muçulmanos (42%), hindus (36%) e budistas (35%) têm menos de 30 anos. Cerca de um terço (34%) dos americanos religiosamente não afiliados também tem menos de 30 anos, diz a pesquisa.
“Em contraste, grupos cristãos brancos estão envelhecendo. Pouco mais de um em cada dez católicos brancos (11%), protestantes brancos evangélicos (11%) e protestantes brancos (14%) têm menos de 30 anos. Aproximadamente seis em dez protestantes evangélicos brancos (62%), brancos católicos (62% ), e os protestantes brancos principais (59%) têm pelo menos 50 anos de idade.”
Você pode ler o artigo completo do estudo do Pew aqui .
Fonte: CBN News