No início de março, perto da cidade egípcia Samalout, cristãos em uma pequena aldeia enfrentaram forte opressão de fundamentalistas locais, uma vez que receberam permissão das autoridades para reconstruir seu templo destruído, porém, foram impedidos pela comunidade islâmica
Apesar de os cristãos terem obtido permissão oficial para a reconstrução de sua igreja – dificilmente concedida pelas autoridades – muçulmanos fundamentalistas locais reuniram-se em uma multidão enfurecida e tentaram impedir o trabalho à força. O departamento de polícia de Samalout foi chamado para uma reunião entre os líderes da igreja e mais de cem muçulmanos da aldeia, que abertamente expressaram sua objeção pela reconstrução da igreja. Os oficiais dialogaram com a multidão enfurecida a fim de persuadi-la pela permissão da construção do templo sem oposição futura. No entanto, seus esforços foram em vão.
Após a reunião ter terminado sem sucesso, os muçulmanos furiosos retornaram para suas casas por volta das onze horas da noite, formando uma pequena agitação, gritando fervorosamente: “O Egito se tornará um Estado islâmico”. Eles também gritavam palavras de ordem hostis contra os cristãos e apedrejaram suas casas ao longo do caminho, trazendo muito medo ao coração de nossos irmãos.
Alguns dias depois, as negociações entre o departamento de polícia e os muçulmanos continuaram até que finalmente chegaram a um acordo. Os fundamentalistas decidiram elaborar uma lista de condições que os cristãos deveriam obedecer a fim de construir sua igreja. As seis condições exigidas foram:
A igreja pode ser construída em apenas 400 metros quadrados da propriedade total e não é permitida a instalação de nenhum sino ou cruz no edifício, nem qualquer indício que revele que aquele é um templo de igreja.
A estrutura da igreja deve ter apenas um andar.
A entrada não poderá ser realizada pela estrada principal, mas pela passagem lateral.
Os representantes da comunidade muçulmana devem estar presentes quando a fundação de concreto do edifício da igreja for colocada para que eles possam ter certeza de que a base é para o edifício de um andar.
Se o novo edifício da igreja for derrubado ou queimado por qualquer motivo, ele nunca poderá ser reconstruído novamente.
As condições acima, uma vez que sejam aceitas pela igreja, devem ser legalmente registradas, de modo que os cristãos nunca poderão negociá-las no futuro.
Este é um cenário comum: a igreja tem permissão legal para construir, mas a inflexibilidade dos muçulmanos radicais em suas aldeias impede que os cristãos deem sequência à obra. Além disso, os cristãos frequentemente enfrentam ataques e assédios por parte de muçulmanos como punição por seu desejo de construir uma igreja.
[b]Fonte: Portas Abertas Internacional[/b]