O Irã vive um momento histórico. Na última sexta-feira, 2 de dezembro, as mulheres iranianas receberam permissão para andar sem o hijab, véu que cobre a cabeça das mulheres. Há 43 anos, a lei obrigava as mulheres a manterem a cabeça coberta e o regulamento era tão rígido que foi o motivo da morte da jovem Mahsa.
Mahsa faleceu após ser detida pela polícia da moral iraniana sob alegação de “uso inadequado do hijab”. Desde então, protestos tomaram o país. Até mesmo a famosa prisão de Evin, na capital do país, Teerã, viveu uma crise interna com protestantes que clamavam pelo fim do governo autoritário.
A crise política não terminou no Irã. O governo tomou algumas medidas para tentar conter a crise e se manter no poder. As autoridades soltaram dois cristãos da prisão para amenizar a superlotação, causada pela prisão de manifestantes, e, agora, abriram mão da lei que obrigava o uso do hijab.
O país é conhecido pelas leis rígidas, associadas ao autoritarismo dos líderes xiitas. As mudanças que vêm acontecendo nos últimos meses geram esperança para os cristãos, especialmente as cristãs, de presenciar maior liberdade para viver a fé em Cristo e a garantia de que os direitos civis da população serão respeitados.
Fonte: Portas Abertas