Um estudo realizado em 52 países apontou que nos últimos 25 anos, o mundo se tornou um lugar mais feliz. O levantamento, realizado pelos centros de pesquisa World Values Survey e European Values Study, entrevistou cerca de 1.400 pessoas em cada um dos países analisados e comparou os resultados com os obtidos em 1981.

As entrevistas, realizadas entre 2006 e 2007, mostraram que do total de países envolvidos na enquete, 45 registraram aumento em seus índices de felicidade. Entre eles, o Brasil.

O estudo, divulgado na publicação especializada Journal of Personality e Social Psychology, foi reproduzido pela revista científica New Scientist.

Segundo os dados, o segredo para a felicidade para a maioria dos entrevistados seria uma combinação entre prosperidade econômica, democracia, liberdade individual e uma sociedade tolerante.

Entre os que mais melhoraram seus índices de felicidade estão a Ucrânia, Moldávia e Eslovênia. Na outra ponta da lista estão Hungria, Índia e Austrália.

América Latina

Na América Latina, a maioria dos entrevistados no México, Argentina e Brasil disse se sentir feliz. De acordo com Roberto Foa, um dos pesquisadores da Universidade de Washington envolvidos no estudo, os países da América Latina em geral “aparecem no topo do ranking de felicidade”.

“Apesar de não serem os mais ricos, esses países dão grande importância aos valores de família e têm grande orgulho da nação”, disse o pesquisador.

“As tradições de família nas sociedades latino-americanas servirão para que as pessoas se satisfaçam com o que têm ao mesmo tempo em que a situação econômica e política de seus países avançou”.

Dinheiro e felicidade

Segundo a revista, os resultados desafiam estudos anteriores de que os níveis de felicidade não aumentam com a melhoria dos indicadores econômicos – o que já levou a conclusões por muitos de que “dinheiro não compra felicidade.”

Tais pesquisas, no entanto, concentravam-se em países que já eram ricos, enquanto o último estudo analisou também países pobres e em desenvolvimento.

Eles concluíram que crescimento econômico é um dos responsáveis pela felicidade de habitantes de países cuja renda per capita é inferior a US$ 12 mil.

Fonte: BBC Brasil

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