A Organização da Conferência Islâmica (OCI), cuja décima primeira reunião de cúpula terá início nesta quinta-feira em Dacar, discutirá a “islamofobia” gerada pela campanha internacional contra o terrorismo fundamentalista islâmico e os meios para combatê-la.

Os líderes dos 57 países da OCI, que representam 1,3 bilhão de muçulmanos, deverão “tomar as decisões apropriadas contra os atos de islamofobia”, considerou por escrito à AFP o secretário-geral da OCI, o turco Ekmeleddin Insanoglu.

Um “observatório” criado pela secretaria da OCI para estudar este fenômeno apresentará na capital senegalesa seu primeiro relatório sobre a “islamofobia”.

“É preciso resolver esta questão da islamofobia por meio de um diálogo político decidido e uma reconciliação histórica entre o Islã e o Ocidente”, acrescentou.

Cerca de 5,5 mil delegados e pelo menos 33 chefes de Estado deverão participar desta reunião de dois dias.

O encontro será realizado pouco depois da reprodução por 17 jornais dinamarqueses, em meados de fevereiro, de uma caricatura que representava o profeta Maomé usando um turbante em forma de bomba.

Enquanto isso, a Holanda reforçou no início deste mês seu nível de alerta antiterrorista devido à iminente exibição de um curta-metragem contra o Islã elaborado por um deputado ultraconservador, Geert Wilders.

O filme, que deverá ser divulgado em março provavelmente na internet, pretende, segundo Wilders, apresentar o caráter “fascista” do Alcorão, comparado com o livro Mein Kampf de Adolf Hitler.

Dedicada à promoção da solidariedade muçulmana, a OCI foi criada em setembro de 1969 durante uma reunião de 24 chefes de Estado muçulmanos após um incêndio na mesquita al-Aqsa de Jerusalém.

Seus membros, entre eles a Autoridade Palestina, enfrentam em sua maioria o aumento do fundamentalismo e um recrudescimento da violência por parte de grupos radicais hostis aos regimes no poder.

Fonte: AFP

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