O mundo precisará de pelo menos 18 milhões de novos professores nos próximos nove anos, para garantir o acesso universal ao ensino básico, destaca mensagem divulgada nesta quinta-feira, em conjunto, por quatro agências das Nações Unidas.
De hoje até 2015, será preciso contratar 18 milhões de novos professores para atingir o objetivo de dar um ensino primário de qualidade a todas as crianças do mundo, segundo a mensagem divulgada por ocasião do dia mundial do professor.
Assinam a declaração os diretores-gerais da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Koichiro Matsuura; e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavía; assim como a diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ann Veneman; e o administrador do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud), Kemal Dervis.
A Unesco calcula que existam no mundo quase cem milhões de crianças fora da escola. A maioria delas estaria atualmente submetida ao trabalho infantil.
Quase um quinto dos adultos do mundo – ou seja, quase 800 milhões de pessoas – ainda não sabem ler nem escrever. Deste total, dois terços são mulheres.
Uma limitação fundamental que em muitos países impede a ampliação do acesso à educação é a persistente escassez de professores qualificados, indica a mensagem.
Os signatários instam as autoridades a fazer esforços para superar essa carência, pois os professores são cruciais para o sistema educacional.
“É essencial apoiar os professores e reforçar sua determinação e sua motivação tentando fazer com que eles tenham condições de trabalho decentes e uma remuneração adequada”, diz o texto.
Os países da África subsaariana são os que têm o maior desafio diante de si, pois terão que aumentar em 68% o número de professores nos próximos dez anos para cumprir o objetivo de escolarizar todas as crianças, segundo a Unesco.
Embora em nível muito menor, a falta de professores também afetará o países da América do Norte e da Europa Ocidental, onde deverá ser contratado um total de 1,2 milhão de professores, segundo comunicado divulgado pela Unesco.
Fonte: Estadão