No norte da Nigéria, entre 2006 e 2014, cerca de 11.500 cristãos foram mortos, outros 1,3 milhões obrigados a deixar suas casas e 13 mil igrejas destruídas ou abandonadas. É o que afirma Dom Joseph Bagobiri, Bispo de Kafanchan, em sua palestra “O impacto da violência persistente na Igreja no norte da Nigéria”, ilustrada em uma conferência realizada na sede geral das Nações Unidas, em Nova York.
[b]Estados do norte são os mais atingidos
[/b]
As comunidades mais afetadas pela violência da seita islâmica Boko Haram são aos dos estados setentrionais de Adamawa, Borno, Kano e Yobe. As comunidades cristãs obrigadas à fuga se transferiram a estados de maioria cristã no chamado “cinturão do meio” (Middle Belt): Plateau, Nassarawa, Benue, Taraba e a parte meridional de Kaduna.
[img align=left width=300]http://media02.radiovaticana.va/photo/2016/05/27/AFP5345347_Articolo.jpg[/img]
Nos últimos meses, no entanto, estas áreas foram atingidas pelas violências dos pastores Fulani. “As comunidades cristãs nos estados de maioria cristã da Middle Belt são as mais atingidas por ataques e invasões dos pastores muçulmanos Fulani. Esta é uma evidente invasão estrangeira de terras ancestrais de cristãos e de outras comunidades minoritárias”, afirmou Dom Bagobiri em sua palestra, enviada e publicada pela Agência Fides.
[b]A ação dos Pastores Fulani
[/b]
“Nestas áreas, os pastores Fulani amedrontam incessantemente várias comunidades, cancelando algumas, e em lugares como Agatu, no estado de Benue e Gwantu e Manchok, no de Kaduna, estes ataques assumiram caráter de genocídio, com 150-300 pessoas mortas em uma noite”, sublinhou.
Dom Bagobiri dirigiu um apelo à comunidade internacional para que exerça pressões sobre as autoridades nigerianas a fim de que garantam liberdade de culto aos cristãos e a outras minorias no norte da Nigéria, e enfrentem a emergência humanitária das populações deslocadas.
[b]Fonte: Rádio Vaticano[/b]