Que a Música Gospel fatura bilhões e chama atenção de mídias, gravadoras, políticos e investidores dispostos a mergulhar nesse mar de ritmos, cheio de oportunidades e grandes peixes, é fato.

Pesquisas recentes revelam que esse mercado é um dos mais rentáveis no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Disco (ABPD), a Música Gospel está presente entre os 20 CDs mais vendidos no Brasil. Espalhadas em hipermercados, lojas de conveniência e lojas de discos, ela é um sucesso! Acha se tratar de um exagero na hora dos cálculos? Nada disso! A verdade é que atualmente esse mercado não pára de crescer e se multiplicar, movimenta R$ 1,5 bilhão por ano e é o único segmento fonográfico que cresce em venda de discos no País. O termômetro de tudo isso é a popularização do estilo notado nos últimos anos nas grandes mídias: em 2007, na novela “Duas Caras”, da Rede Globo, a cantora evangélica Aline Barros teve sua música “Recomeçar” incluída na trilha sonora da novela. Em 2009, o sucesso “Faz um milagre em mim”, do cantor Regis Danese, virou tema até dos gols do “Fantástico”. Em 2010, anúncios do Ministério Diante do Trono, Irmão Lázaro e participações de Fernanda Brum e Aline Barros no “Domingão do Faustão” confirmam que o mercado do Senhor tem a força.

É fato que o destaque para a Música Gospel não está apenas nos números. Não faz muito tempo que foi discutido pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) o Projeto de Lei PLC 29/09, que garante à Música Gospel os benefícios previstos na Lei Federal de Incentivo à Cultura, também conhecida como Lei Roaunet (Lei 8.313/91). Contudo, para que eventos de Música Gospel recebam os benefícios de tal lei, não podem ser promovidos por igrejas. Em contraposição, pessoas físicas e jurídicas poderiam aplicar parte do Imposto de Renda devido em ações culturais de Música Gospel. Tal realidade vem atraindo diversos empresários dispostos a investir no setor. As gravadoras Som Livre e a Sony Music são exemplos desses investidores, que vêm tentando se fixar no mercado e, com sua chegada, trazem um grande acréscimo em qualidade de gravação, produção e distribuição ao mercado gospel. Outra questão que não deve ser esquecida é que com a popularização da Música Gospel, começa a se formar um novo tipo de público consumidor: aquele que compra porque aprecia o estilo, sem maiores comprometimentos religiosos. Um relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), revelou que a venda de música digital cresceu 12% no mundo em 2009, representando 27% da receita do setor. Em 2008, esse patamar era de 21%. No site Sonora, um dos principais portais de download legalizado da América Latina, que pertence ao grupo Terra, cantores evangélicos se mantêm na lista dos favoritos do site, destacando-se por várias semanas consecutivas.

Só no Brasil, segundo uma matéria publicada recentemente no site do Uol, o mercado evangélico, num todo, cresce 8% ao ano, sendo mais de 45 milhões de evangélicos e anualmente são abertos 14 mil templos, sendo que a expectativa é que, até 2011, este número atinja a casa das 55 milhões de pessoas, incrementando ainda mais os negócios gospel, o que certamente também reflete no segmento da Música Gospel. Estamos diante de uma revolução musical!

De um outro lado, os cantores do universo gospel estão se profissionalizando mais e aprendendo a usar as mídias a seu favor, para divulgação dos seus trabalhos, explorando muito bem, por exemplo, a internet, com sites e espaços em redes sociais. O crescimento dos programas de tevê, jornais, revistas, portais e sites especializados, além de um grande número de rádios apenas tocando o segmento gospel, somam a essa expansão do mercado de Música Gospel. Outro aspecto é a demanda pela procura de assessores de imprensa e de marketing para trabalho de imagem com escritórios especializados. Essas iniciativas tornam o artista conhecido em outros segmentos. Tudo isso reverte em vendas.

Além disso, a diversidade cultural do nosso país propicia o crescimento de muitos estilos, como Rap, Funk, Pagode, Sertanejo, entre outros. O mais consumido continua sendo o estilo “Adoração”, mais ligado à pregação ou ao próprio culto. Também é muito forte o estilo “Pentecostal”, mais carregado de palavras proféticas. O “Pop Gospel” aparece em terceiro lugar e agrada muito ao público mais jovem.

Junto com esse mercado em expansão, chamado “Gospel”, onde o céu parece ser o limite, outros crescimentos também são notados, como, por exemplo, o crescimento do mercado de instrumentos musicais. O Brasil importou, em 2009, cerca de US$ 170 milhões em instrumentos musicais e exportou US$ 10 milhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Grande parte desse crescimento é consequencia da demanda gerada pela expansão do mercado musical gospel nas últimas duas décadas.

Em recente entrevista para uma revista do segmento musical, o especialista e professor de produção de som e coordenador de audiovisual da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Luiz Cláudio, relatou que “antes dos anos 90, o mercado de instrumentos e equipamentos musicais brasileiro era muito fraco. Na mesma época que a indústria automobilística se aqueceu no Brasil, no fim do século XX, também observamos a entrada de produtos musicais” – comenta Luiz Claudio. Ele lembra que o crescimento da competitividade interna influenciou o nascimento de fortes marcas brasileiras, que hoje são reconhecidas mundialmente. Além disso, o professor acredita que está havendo um maior interesse dos jovens por música.

Diante desse universo de possibilidades, e como todo segmento tem uma feira que o representa, nasce no coração financeiro e cultural do país, em São Paulo, a primeira edição da EXPO MUSIC GOSPEL – Feira Internacional de Artistas, Ministérios e Produtos Musicais Cristãos, organizada pela empresa MR1 Comunicação & Marketing, que vai acontecer no mês de Abril de 2011. O evento terá duração de cinco dias, todos eles abertos ao público. O nome escolhido é atual, já que o crescimento da Música Gospel no Brasil é uma realidade de nossos dias; inovador, pois é o único em sua categoria; direto, pois insinua que o participante terá grandes chances de sair do evento com um alto índice de venda e de institucionalização, gerando negócios e relacionamento direto com o público e com as mídias; e segmentado, já que despertará interesse quase que exclusivo dos interessados em Música Gospel.

Outra novidade será o evento paralelo à feira, chamado “Prêmio MR1 de Música Gospel”, único evento de premiação do segmento existente atualmente no mercado. Um evento de gala, à altura dos grandes nomes que temos no circuito da Musica Gospel. Julgado por um júri seleto de entendidos do assunto, nomes de destaque da música brasileira. Serão premiados, homenageados e reconhecidos os melhores profissionais e personalidades do ano que têm ligação direta e indireta com o mercado da Música Gospel, bem como por meio de uma categoria especial “Projeto Social”, onde é destacada a importância da responsabilidade que este segmento tem com a sociedade. Além disso, serão premiados também: melhor CD, DVD, Video Clipe, Site, Blog, Mídia, Performance de Palco, Banda, Cantor, Produtor, entre outros.

Na Expo Music Gospel, o espiritual e o social também são assuntos importantes. Será doado o dízimo do lucro líquido, distribuído em 100 igrejas que mais levarem membros para a feira. Doação de oferta missionária para auxiliar estas igrejas a cumprir a Grande Comissão. Sobre o social, o evento servirá como ponte para pontos de arrecadação de alimentos, brinquedos e agasalhos, que serão doados para 10 entidades beneficentes.

Segundo seus idealizadores, o publicitário Marcelo Rebello e a jornalista Luciana Mazza, ambos profissionais reconhecidos dentro e fora do gospel, que têm em seu currículo passagem por outras feiras, o objetivo da Expo Music Gospel é presentear o mercado com mais uma oportunidade de fomentar relacionamentos, gerar negócios, aproximar o público dos artistas que gostam, unir gravadoras e seus artistas, cantores independentes, atrair mídias, comerciantes e público. Outro fator de interesse é a reunião, em um único local, de todos os profissionais que participam das etapas de concepção, produção, divulgação e articulação de estratégias do mercado musical gospel. Será um local democrático, onde cada expositor terá total liberdade para definir o formato, estratégias e atrações para seu estande, sem restrições limitadoras, sendo os únicos fatores de limitação a criatividade, o bom-senso e a ética no relacionamento com o mercado, o público e demais expositores. O desejo é que a feira seja um grande palco de oportunidades para todos, sem preconceitos sociais ou raciais, pois a música é universal e não permite isso. São de Mazza as palavras: “Esperamos que a quilômetros de distância possamos ouvir o barulho dessa grande festa!”

[b]Fonte: MR1 Comunicação & Marketing e Gospel Prime[/b]

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