A Nigéria é o país com a maior população da África e é uma grande força política e econômica no continente. É também a nação mais violenta do mundo para cristãos, por isso ocupa a 6ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Um dos maiores problemas da nação são os ataques de extremistas islâmicos, que tiveram um aumento considerável desde 2015, devido a falhas do governo nigeriano em prevenir e limitar o poder dos extremistas. Toda a população foi afetada pelo aumento da violência, mas especialmente os cristãos, que são alvos desses grupos.
Os ataques foram aumentando de intensidade e frequência com os anos, tendo como alvos prédios do governo e instituições cristãs, como escolas e igrejas. O governo não conseguiu parar os ataques. Em 2014, em uma das maiores ações do Boko Haram, 275 meninas foram raptadas em uma escola em Chibok.
A região mais afetada pela crise é o Norte do país, onde grupos extremistas como Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) e extremistas fulanis infligem assassinatos, feridas físicas, sequestros e violência sexual a milhares de vítimas por não seguirem o islamismo.
Crise de deslocados internos
Nas regiões que eles dominam, a sharia (conjunto de leis islâmicas) é imposta. Aqueles que não obedecem às tradições muçulmanas, como os cristãos, são discriminados e tratados como cidadãos de segunda classe. Por isso, muitos cristãos, principalmente mulheres e crianças fogem para o Sul e organizam acampamentos de deslocados internos, com condições de saneamento básico e alimentação limitadas.
Vários planos do governo tentam controlar a situação e de fato conseguiram pequenos avanços, mas não conseguiram colocar um ponto final na crise. Apesar dos desafios, igrejas continuam se refazendo após os ataques e os cristãos locais não desistiram de serem testemunhas do amor e graça de Deus na Nigéria.
Fonte: Portas Abertas