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Evangélicos reagem contra Lei do Silêncio

Os evangélicos de Belo Horizonte prometem reação em massa, caso haja operações de fiscalização nas igrejas em função da decisão de incluir os templos religiosos entre os estabelecimentos vigiados pela Lei do Silêncio (número 9.505).

A informação é do vereador e pastor Henrique Braga, membro da bancada evangélica da Câmara Municipal.

Ele avisa que os fiéis serão incitados a sair às ruas em protesto, mas só se houver operações mirando as igrejas. “Na época da primeira lei (da vereadora Elaine Matozinhos), houve imediatamente ataque às igrejas com fiscalização e surgimento de muitas multas.” Ele lembra que a cidade tem mais de mil templos e, segundo seus cálculos, cerca de 500 mil evangélicos.

A secretária municipal de Meio Ambiente, Flávia Mourão, nega que tenha havido algum tipo de perseguição. “Em nenhum momento existiu determinação de se fazer operação específica para as igrejas. Pode ter havido coincidência porque o que fazemos é atender aos pedidos do disque-sossego.”

As reclamações de ruído em igrejas somam 10% dos chamados para o número. Como o prefeito Fernando Pimentel, reforçado pela Câmara de Vereadores, vetou a exclusão das igrejas e escolas da lei, elas agora são obrigadas a respeitar o limite de 70 decibéis durante o dia.

Novo projeto

Na última sexta-feira, 24 vereadores apresentaram uma nova proposta a ser avaliada na Câmara: alterar o limite de ruído nas igrejas para 80 decibéis, o que, na opinião de Henrique Braga, é mais “praticável”.

Ele calcula que a resposta ao projeto alternativo não sairá em menos de 30 dias. O projeto precisa ser aprovado pelas comissões de Meio Ambiente e Legislação e Justiça, depois pelo plenário e ainda depende do aval do prefeito. O limite de 80 decibéis, explica Flávia Mourão, equivale a uma conversa de várias pessoas em tom bem alto.

Abordagem

Mesmo com a tramitação do novo projeto, avisa a secretária de Meio Ambiente, os fiscais da prefeitura continuam abordando as igrejas – quando houver denúncias – com base nos limites da lei atual.

De 19h às 22h, o limite é 60 decibéis, entre 22h e 24h, a tolerância cai para 50 decibéis e, após a meia-noite, para 45. “O que queremos é ser respeitados e, se houver ataque, saímos em defesa”, resume o vereador Henrique Braga. A bancada evangélica reclama o apoio dado ao prefeito para aprovação de uma nova Lei do Silêncio, esperando que as igrejas não fossem ter limites rigorosos.

Igreja atrapalha sono de cabeleireira

Para a cabeleireira Evani Ataíde, moradora do bairro Nova Cachoeirinha, todas as discussões e mudanças na Lei do Silêncio não surtiram ainda nenhum efeito prático na resolução do problema.

A janela do quarto dela fica exatamente em frente à porta de uma grande igreja evangélica e o barulho incomoda todos os moradores da casa. Segundo ela, os cultos ocorrem à tarde, à noite e aos domingos, a partir das 7h. “Dormir no domingo de manhã é impossível. Semana passada, minha vizinha desceu de camisola para reclamar.”

O assunto foi tema de reunião do condomínio e as conversas do síndico com o pastor pouco resolveram. Até a polícia já foi chamada. O vereador e pastor Henrique Braga afirma que a determinação é que as igrejas respeitem a ordem à noite. “Claro que existem algumas indisciplinadas, mas a regra é não incomodar e manter a moderação.”

Fonte: O Tempo

Aborto entra na pauta de discussões da Câmara

Legalização do aborto entra na pauta da Câmara dos Deputados este semestre. A decisão foi anunciada pelo deputado federal Jofran Frejat (PR/DF), recentemente eleito presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara.

Frejat pretende reunir todos os projetos de lei que tratam do tema e votar um projeto substitutivo ainda neste semestre. Existem propostas de todos os tipos. Até mesmo admitindo o aborto em estágios de oito meses, o que é considerado extravagante por muitos.

O tema é considerado tabú dentro do Congresso já que o lobby da Igreja Católica atrapalha as discussões do tema. No entanto, existem diversas propostas em discussão e que devem chegar a plenário no segundo semestre.

Por outro lado, os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Vida – contra o Aborto começaram ontem a colher assinaturas para criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigaro aborto ilegal no Brasil.

A iniciativa foi divulgada pelo deputado Luiz Bassuma (PT-BA) durante o 1º Encontro Nacional de Legisladores e Governantes Pela Vida – Contra o Aborto. Bassuma é o coordenador do evento e presidente da frente parlamentar.

O deputado afirmou que o fundamento da CPI está em declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao programa Roda Viva, da TV Cultura. O ministro teria dito que há uma rede de venda ilegal de remédios abortivos.

Entretanto, a CPI não deverá limitar-se a investigar a venda de remédios. Segundo Bassuma, a intenção é desbaratar, com força policial, redes de clínicas de aborto clandestino. Em sua opinião, é hora de abordar uma realidade da qual todos falam, mas não tomam providências.

Para o presidente da Frente Parlamentar contra a Legalização do Aborto, deputado Leandro Sampaio (PPS-RJ), essa discussão é ainda mais importante neste momento, às vésperas da votação, na Comissão de Seguridade Social e Família, do Projeto de Lei 1135/91, que descriminaliza o aborto provocado pela própria gestante ou com o seu consentimento.

O deputado Leandro Sampaio avaliou ainda que o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Defesa da Vida”, fortalecerá a posição dos deputados pró-vida para derrotar o projeto. O relator da proposta, deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), apresentou seu parecer à Comissão de Seguridade Social em dezembro passado, defendendo a rejeição da matéria.

Fonte: Brasília em Temp Real

La Vanguardia: Ouvir música é terapia que cura doenças

Além de um valor estético, a música também tem uma aplicação terapêutica que visa recuperar, manter e aumentar o bem-estar do ser humano. O tipo de música e os efeitos que produz dependem de fatores como a freqüência, a intensidade e o timbre do som

O conceito de doença e a atividade terapêutica têm sofrido mudanças ao longo dos séculos. Por outro lado, as reações das pessoas às experiências musicais permaneceram praticamente imutáveis. Na antiguidade, tanto a música como os instrumentos eram considerados como dádivas dos deuses – em algumas culturas fala-se da origem divina dos tambores. O musicólogo alemão Alfred Einstein considera que “o som deve ter sido algo incompreensível para o homem primitivo, e, conseqüentemente, misterioso e mágico”.

Hoje se reconhece o valor terapêutico da música e ela é utilizada para “aumentar, manter ou restaurar um estado de bem-estar – usando também as experiências musicais e as relações que se desenvolvem a partir delas – de uma forma sistemática e científica”, diz Kenneth Bruscia. A musicoterapia “é uma profissão estabelecida no campo da saúde que utiliza a música para tratar necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de indivíduos de todas as idades”, conforme define a Associação Americana de Musicoterapia. Apesar de a profissão ser reconhecida nos Estados Unidos desde 1950, na Espanha é diferente. “A maioria dos musicoterapeutas tem título de mestrado, uma vez que a carreira não existe na graduação”, explica o musicoterapeuta Joan Aureli Martí. A Associação Catalã de Musicoterapia trabalha para que a profissão “seja considerada dentro do campo da saúde, apesar de também trabalharmos com educação especial”, afirma a atual presidente e coordenadora do curso de mestrado do Instituto Superior de Estudos Psicológicos (ISEP), Isabel Agudo. A associação reúne pessoas e entidades relacionadas com a disciplina para promover o uso, o desenvolvimento e a divulgação da música como terapia, tanto preventiva quanto curativa, com o fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida das pessoas.

Num processo terapêutico, a música pode ser usada para trabalhar as habilidades motoras (coordenação, equilíbrio, mobilidade e sincronização), cognitivas (estímulo do pensamento, interação verbal, atenção, imaginação, percepção sensorial), de comunicação (tanto verbal como não verbal), e sócio-emocionais (ela ajuda a expressar e compartilhar sentimentos e promove a interação social). O tratamento deve ser executado por um musicoterapeuta e tem como objetivo restabelecer ou melhorar a saúde por meio de experiências musicais. A personalidade do terapeuta (que ao longo do tempo evoluiu do mago para o monge e, finalmente, para o musicoterapeuta), assim como a condição do paciente e a relação entre eles são fundamentais para o êxito do método. Deve existir por parte do paciente uma vontade de submeter-se ao tratamento, além de uma confiança mútua. O paciente deve desfrutar da amizade de quem cura e dar-lhe total confiança, como fez Felipe 5º que, sofrendo de uma aguda depressão, contratou o italiano Farinelli como cantor pessoal, depois de comover-se com a expressividade de sua voz.

A profissão de musicoterapeuta não é exclusiva do músico. “Eu sou músico desde os nove anos – explica Joan Aureli-, mas o que se exige em qualquer mestrado na área é uma sólida formação musical e saber improvisar pelo menos com os dois instrumentos harmônicos mais importantes: o piano e o violão. Eu também toco clarinete”.

Além de ser um músico experiente, o terapeuta deve saber aplicar o som a seu trabalho, executar e improvisar bem, conhecer todos os tipos de música, ser capaz de reger conjuntos vocais ou instrumentais, e também ensinar a cantar e a tocar instrumentos. Ter conhecimentos de fisiologia ou psicologia também é importante, o que revela a formação multidisciplinar do profissional.

As principais técnicas nas quais se baseia essa metodologia são passivas (ou receptivas) e estão relacionadas com a audição de peças musicais – não só clássicas, mas também de jazz, populares, new age, etc. “Trabalhamos com as canções de que o paciente gosta, criando um histórico musical junto ao terapeuta”, explica Joan Aureli. Nas técnicas ativas (ou criativas), o terapeuta incentiva o paciente a improvisar com instrumentos de percussão, canta com ele ou o convida para tocar piano, por exemplo. O tipo de música e os efeitos que produz dependem da freqüência do som (as vibrações mais rápidas produzem um estímulo nervoso intenso; as lentas têm um poder relaxante), de sua intensidade (se a pessoa estiver triste e cantar em volume alto, por exemplo, ficará animada), do timbre, do tom, dos intervalos (que são a origem da melodia e da harmonia) e da duração (que é a base do ritmo). A produção do som, levando em conta esses aspectos, pode transformar o estado de ânimo, ajudar a antecipar, organizar e sincronizar o movimento, estimular a imaginação e a memória, normalizar a comunicação e facilitar a expressão dos sentimentos.

A musicoterapia é muito utilizada em crianças para melhorar sua auto-estima, atenção, concentração, coordenação, aprendizagem e socialização, assim como na terceira idade. Mas também é indicada para adultos com problemas físicos, emocionais, intelectuais e sociais, ou simplesmente para melhorar o bem-estar pessoal. Segundo explica Isabel Agudo, “a musicoterapia beneficia a todas as pessoas de todas as idades e com todo tipo de problemas, uma vez que consideramos que a música é uma conduta humana e todos somos seres musicais”.

A música é um meio para se comunicar que evoca, associa e integra, e nisso reside seu valor terapêutico, já que a doença é uma espécie de barreira na comunicação. O trágico da doença é que ela isola o sofredor, que necessita da presença de outros para satisfazer suas necessidades físicas e psicológicas. A musicoterapia é utilizada para exteriorizar as experiências subjetivas e restabelecer o equilíbrio. Com certeza, a magia do som continua existindo.

Fonte: La Vanguardia

Católicos ainda são maioria, mas evangélicos já representam 35% dos capixabas

A religião católica ainda é predominante no Espírito Santo, embora tenha perdido adeptos para outras denominações. Entre os evangélicos, a igreja que mais se destaca é a Assembléia de Deus. Os dados são de pesquisa realizada pelo Instituto Futura, em parceria com a rádio CBN. Os católicos representam 45% entre os entrevistados.

As denominações evangélicas reúnem 35% dos fiéis. A pesquisa mostra também que cerca de 60% dos que se disseram evangélicos já pertenceram à igreja Católica.

A Assembléia é seguida por 13% das pessoas consultadas. Em seguida vem a Maranata, com 8%. A igreja Batista vem em terceiro lugar, com 5%. Já a igreja Universal do Reino de Deus, aparece em 11º lugar, com 0,64% de participação entre os entrevistados.

O número de católicos tem diminuído. Em 2004,o percentual dos que diziam pertencer à igreja Católica era de 51%; em 2005 caiu para 49%, índice que manteve em 2006; em 2007 o percentual era de 47%.

Em contrapartida, a Assembléia de Deus foi a que mais cresceu neste quesito. Em 2004 a denominação era a escolhida por 8% dos entrevistados; em 2005 houve uma queda de 2%, mas já em 2006, o percentual subiu para 10%, índice que manteve em 2007.

Independentemente da denominação, para 39% dos entrevistados, a religião é fundamental. Para 55% é importante ou muito importante e 95% acreditam na “existência de um Deus ou alguma força superior”.

Entre os municípios da região metropolitana, a igreja Católica tem maior influência na capital, para 48% dos moradores consultados, enquanto a Assembléia de Deus tem mais fiéis na Serra, com16%.

Participação

A pesquisa Futura ainda questionou os entrevistados, de todas as denominações, sobre a freqüência com que costumam ir à igreja. A maioria, 25%, diz que faz isso uma vez por semana; 28% disseram comparecer aos cultos ou missas. Mas 23% confessaram não participar de nenhum evento ou encontro das denominações a que pertencem.

Além de comparecer aos cultos e missas, os capixabas também disseram se realizam algum trabalho religioso em suas comunidades ou em outras. O percentual dos que não participam de nenhuma atividade é de 70%.

De acordo com a pesquisa os mais esquivos são os moradores de Vitória, com ensino superior, pertencentes às classes A e B e à igreja Católica. Entre os que responderam sim ao questionamento, estão os 5% que realizam visitas a doentes e os 3% que participam de missões.

Destino e milagre

A fé dos capixabas também influencia o posicionamento quanto ao que define os acontecimentos da vida. Para 60% dos entrevistados, a vida é planejada por Deus, pelo destino. Já 33% acreditam no livre-arbítrio.

Para eles, cada um faz suas próprias escolhas. Mas o percentual dos que têm fé na intervenção divina para realizar coisas aparentemente impossíveis é expressivo. 83% dos entrevistados acreditam em milagres.

A pesquisa do Instituto Futura foi realizada nos dias 28 e 29 de fevereiro nos municípios da Grande Vitória, considerando Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha. A margem de erro é de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos. Para conferir a pesquisa completa, basta acessar o endereço www.futuranet.ws.

Fonte: Gazeta On Line

Vaticano divulga lista de novos pecados capitais da Igreja Católica

A manipulação genética, o uso de drogas, a desigualdade social e a poluição ambiental estão entre os novos pecados capitais pelos quais os cristãos devem pedir perdão, segundo a nova lista apresentada pela Santa Sé.

O Vaticano atualizou a lista de pecados capitais para adaptá-la à “realidade da globalização”.

Os novos pecados capitais – merecedores de condenação segundo a Igreja Católica – serão agregados aos anteriores: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça.

Publicada no domingo no jornal do Vaticano, Osservatore Romano, a lista foi divulgada depois que o Papa Bento 16 denunciou a “queda do sentimento de pecado no mundo secularizado”, em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão.

Sociedade

Em entrevista ao Osservatore Romano, monsenhor Gianfranco Girotti, responsável pelo tribunal da Cúria Romana que trata das questões internas do Vaticano, afirmou que, ao contrário dos anteriores, os novos pecados vão além dos direitos individuais e têm uma dimensão social.

“Há várias áreas relacionadas aos direitos individuais e sociais dentro das quais incorrer em atitudes pecaminosas. Antes de mais nada, a área bioética, dentro da qual não podemos deixar de denunciar algumas violações de direitos fundamentais da natureza humana, através de experiências e manipulações genéticas, cujos êxitos são difíceis de prever e manter sob controle”.

Na avaliação do prelado, a injustiça social e os crimes ambientais também estão na lista das novas ofensas pelas quais os fiéis devem pedir perdão e fazer penitência.

“A desigualdade social, onde os ricos se tornam cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres, alimentam uma insuportável injustiça social. Depois tem a área da ecologia, que hoje desperta grande interesse”, apontou o responsável pelo tribunal vaticano.

Na entrevista, Girotti citou ainda o uso de drogas como um dos novos pecados que merecem condenação.

“A droga enfraquece a psique e obscura a inteligência, deixando muitos jovens fora do circuito da Igreja”, explica.

Sociedade

Na interpretação de monsenhor Girotti, o pecado deixou de ser apenas uma questão pessoal e passou a ter maior influencia na sociedade.

“Antes, o pecado tinha uma dimensão individual, hoje tem uma impacto social, principalmente por causa da globalização. A atenção ao pecado agora é mais urgente devido aos reflexos maiores e mais destruidores que pode ter”, disse Girotti.

Na entrevista ao jornal do papa, o monsenhor recordou que entre os grandes pecados estão o aborto e a pedofilia e comentou o escândalo dos abusos sexuais cometidos por padres.

Ele admitiu que se trata de um problema grave, mas denunciou uma espécie de campanha contra a Igreja Católica por parte dos meios de comunicação.

“Estes fenômenos graves que foram denunciados demonstram a fragilidade humana e institucional da Igreja. Ela, porém, reagiu e continua reagindo para tutelar sua imagem e o bem do povo de Deus. Mas os meios de comunicação enfatizam o problema, prejudicando a imagem da Igreja”, declarou o clérigo ao jornal.

Confissão

Monsenhor Gianfranco Girotti falou dos novos pecados aos padres reunidos no Vaticano até o final de semana passado, durante curso de atualização sobre o sacramento da confissão.

Durante o curso, o responsável pelo tribunal informou que cada vez menos católicos confessam os próprios pecados aos padres. Girotti denunciou que cerca de 60% dos fiéis na Itália não se confessam, citando estatísticas da Universidade Católica italiana.

Na entrevista ao Osservatore Romano, Girotti recordou as recomendações para se receber o perdão.

“Confissão em 15 ou máximo 20 dias antes ou depois de cometer o pecado, comunhão, oração segundo as intenções do papa, pureza e caridade”, disse o clérigo.

Os novos pecados capitais

1. Fazer modificação genética
2. Poluir o meio ambiente
3. Causar injustiça social
4. Causar pobreza
5. Tornar-se extremamente rico
6. Usar drogas

Fonte: BBC Brasil

Igreja Universal não gosta de ser chamada de império por juiz

A Igreja Universal do Reino de Deus resolveu se levantar contra o Judiciário. Em apelação encaminhada ao Tribunal de Justiça de São Paulo, a igreja reclamou de comentário feito pelo juiz Guilherme da Costa Manso Vasconcellos, da 2ª Vara Cível do Guarujá, no litoral paulista.

Ele condenou a igreja a indenizar em R$ 30 mil um motorista que se disse vítima de espancamento no interior de um dos templos da Igreja, durante a chamada sessão de descarrego.

Na sentença, o juiz mencionou a Igreja como “império” econômico. “A ré, Igreja Universal do Reino de Deus, é um verdadeiro “império” de grande poderio econômico, utilizando-se da fé das pessoas, principalmente das mais humildes, para crescer assustadoramente e enriquecer seus “colaboradores e pastores”, que passam a galgar pretensões políticas e cargos eletivos no Legislativo”, afirmou o juiz.

A manifestação deixou a defesa da IURD indignada. A advogada alegou parcialidade do juiz e disse que o comentário feito na sentença foi depreciativo à Igreja. O Tribunal de Justiça de São Paulo não aceitou a queixa da Igreja de Edir Macedo. Na opinião do desembargador Dimas Carneiro, relator do processo, o comentário feito pelo juiz de Guarujá não induz a nenhuma conclusão sobre sua alegada parcialidade. Segundo o desembargador, o trecho da sentença pinçado pela defesa não teria importância jurídica para a fundamentação da decisão de primeiro grau.

Apesar de não aceitar o argumento da defesa da IURD contra a manifestação do juiz de Guarujá, a 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal reformou a sentença e livrou a Igreja de pagar R$ 30 mil ao fiel. O fundamento foi o de falta de provas. Cabe recurso.

O caso

O motorista Luiz dos Santos Semente acusou a IURD de agredi-lo violentamente durante um culto. Segundo Luiz, sua mãe conseguiu convencê-lo a participar de uma das sessões da Igreja. Como era novato, foi chamado a ir até a frente, junto ao pastor. Nesse momento, segundo a versão contada pelo motorista, ele foi imobilizado por um golpe de gravata e passou a ser surrado violentamente.

As agressões no rosto sangraram o queixo do motorista, que foi levado pelo grupo de discípulos para um corredor e deixado no local. Luiz foi socorrido pela mulher e pela mãe, que ligaram para a Polícia. O motorista foi levado ao hospital e depois à Delegacia, onde fez a queixa e depois foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, para exame de corpo de delito.

Luiz entrou na Justiça com pedido de indenização por danos morais. Sustentou no processo que a Igreja Universal do Reino de Deus o expôs ao ridículo e ao constrangimento diante de centenas de fiéis. A IURD se defendeu alegando que a versão do episódio contado pelo motorista era “surreal e inverídica”. E ainda: que as provas apresentadas não sustentavam os fatos apresentados por ele.

Em primeira instância, o juiz do Guarujá aceitou a tese da suposta vítima. Ele entendeu que o motorista sofreu constrangimento, na base de agressões praticadas por membros da Igreja.

O juiz entendeu, ainda, que a agressão coletiva poderia ser descrita como “um verdadeiro linchamento”, físico e moral de extrema gravidade que deveria ser coibido com rigor. Por isso, determinou o pagamento de indenização de R$ 30 mil.

O Tribunal de Justiça de São Paulo reformou a decisão com o fundamento da total ausência de provas. Para a turma julgadora, o processo foi mal instruído, sem documentos importantes como a cópia do laudo de exame de corpo de delito. Segundo o relator, o boletim de ocorrência, teria valor de prova relativo porque seu conteúdo teria apenas declaração unilateral da vítima e as testemunhas ouvidas nos autos deram versões imprecisas.

Fonte: Revista Consultor Jurídico

Em livro, rabino Henry Sobel admite já ter furtado gravata em 1985

Livro aborda principalmente relações de Sobel com a família, a religião e a política e relembra atuação do rabino na morte de Herzog. Rabino lança neste mês autobiografia em que assume furto anterior ao de 2007.

“Um Homem. Um Rabino”, a autobiografia de Henry Sobel, começa e termina com o “episódio das gravatas”. Na página 241, Sobel confessa que é reincidente. “Tenho de admitir publicamente que o caso de Palm Beach teve um antecedente. Em 1985, na mesma cidade da Flórida, no mesmo centro comercial, apanhei uma gravata e saí sem pagar. Fui barrado por um segurança na porta, paguei a gravata e não houve conseqüências -nem fotografias”, ele escreve.

Com prefácio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a autobiografia tem lançamento previsto para 25 de março. “Foi impossível deixar o livro de lado”, diz FHC, que enaltece “a alma do homem atormentado”. “Atormentado pelo ato conhecido, inesperado, surpreendente.”

Apesar do destaque que dá ao “episódio”, Sobel não acrescenta nenhuma elaboração surpreendente para justificar o furto pelo qual foi detido em março de 2007, na Flórida.

Em uma reunião com seus advogados, logo depois de voltar dos EUA, o rabino conta que “eles concluíram que eu tinha um problema de saúde, não um problema moral ou ético. Eu não era um ladrão de gravatas”. Ele não cita as grifes nem o valor dos modelos.

A responsabilidade pelo delito é atribuída ao excesso de comprimidos Rohypnol, indicados para induzir ao sono. “Lembro-me de que entrei em uma loja e saí… Entrei na segunda loja e não me recordo de mais nada.”

Tom heróico

O livro aborda principalmente as relações do rabino com a família, a religião e a política.

Dedica um considerável espaço ao seu envolvimento “na luta contra a ditadura militar”, com um certo tom heróico.

Num capítulo intitulado “Vladimir Herzog”, Sobel lembra que se recusou a enterrar o jornalista judeu como “suicida” -causa mortis divulgada oficialmente pela repressão-, já que o israelita que se mata é segregado no cemitério.

O rabino relata o diálogo que teve com “um funcionário” da CIP (Congregação Israelita Paulista): quando o rapaz citou sinais de tortura no corpo de Herzog, Sobel disse: “Então não vamos enterrá-lo como suicida”. E o “funcionário”: “O sr. tem certeza rabino?” E Sobel: “Total. Se alguém perguntar, diga que é um pedido do rabino Sobel”.

Mais adiante, ao escrever sobre “a mídia e o poder”, ele afirma: “A verdade é que, a partir do caso Vladimir Herzog, ganhei uma projeção na mídia que jamais imaginara ao desembarcar no Brasil. O que, é claro, nunca havia sido meu objetivo: o engajamento obedeceu a um dever de consciência, a convicções religiosas e humanistas. Porém, o fato é que eu me tornara um judeu conhecido nacionalmente”.

Celebridade

Figura notória por aparecer em publicações que vão desde as revistas da comunidade judaica até a “Caras”, Sobel reservou um capítulo do livro para os “chiques e não-famosos”. Ali, deixando transparecer um certo deslumbramento com a alta sociedade, cita as bênçãos que concedeu a casais “mistos” (de religiões diferentes), como Marta Suplicy e Luis Favre; Thereza Collor e Gustavo Halbreich; John Neschling e Patrícia Melo.

No de Luciano Huck e Angélica, ele diz que ficou “muito impressionado com a lista de convidados”. “Havia gente famosíssima: Gilberto Gil, Abílio Diniz, Naomi Campbell… Mas também estavam lá dezenas de funcionários da Rede Globo, de todos os níveis, muita gente simples. Todos foram tratados com a mesma fineza que os chiques e famosos. Foi um exemplo de dignidade”, diz o rabino, sempre disposto a reforçar sua luta pela igualdade social.

Marido e pai ausente

No geral, a autobiografia tem o ritmo morno de um relatório. No capítulo “em família”, ele conta sem muito entusiasmo que “hoje, passados mais de 30 anos, meu casamento com Amanda é bom”. Tanto Amanda quanto a filha do casal, Alisha, nascida em 1983, se queixam de um marido e um pai ausente, por causa da dedicação ao trabalho, mas dão depoimentos “chapa branca”.

Diz Amanda: “O que mais me impressiona em Henry é sua inteligência, além de capacidade de falar, de se dirigir ao coração das pessoas. Mas não posso negar que ele sempre foi ausente. Às vezes ficava até duas semanas sem aparecer em casa, por conta do trabalho”.

A filha, Alisha, que namora um rapaz que não é judeu -é “gói” (expressão que Sobel diz considerar “muito pesada”)-, afirma que seu pai “nunca pressionou para que eu rompesse o namoro”. Sobel diz que teria preferido que sua filha arranjasse um namorado “com valores religiosos, culturais e familiares como os dela”. “Mas o que vale é a essência, o caráter.”

No fim, quando volta a falar das gravatas, Sobel lembra da “solidariedade e o calor humano” que recebeu de personalidades como o presidente Lula, o governador José Serra e o ex-arcebispo de SP, Cláudio Hummes. Será que, pelo grau de influência de seus relacionamentos, de certa maneira ele foi preservado no “episódio”? “Não falo com essas pessoas pela influência. São amigos de verdade”, diz.

LIVRO – “Um Homem. Um Rabino”
Henry Sobel; Ediouro; 336 págs.

Fonte: Folha de São Paulo

Teste mostra que fumaça de incenso é prejudicial à saúde

Avaliação de cinco marcas feitas pela Pro Teste mostra presença de benzeno -substância cancerígena- e formol. Surpresos com o resultado do estudo, médicos aconselham população a evitar se expor ao produto, que pode causar alergias.

Usado desde a Antigüidade com sentido de purificação e proteção, o incenso acaba de receber sinal vermelho da Pro Teste, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Cinco marcas avaliadas mostram que daquela fumacinha, aparentemente inocente, exalam substâncias altamente tóxicas.

Queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno -substância cancerígena- contida em três cigarros, ou seja, em torno de 180 microgramas por metro cúbico. Há também alta concentração de formol, cerca de 20 microgramas por metro cúbico, que pode irritar as mucosas.

As substâncias nem de longe lembram as especiarias aromáticas com as quais o incenso era fabricado no passado, como gálbano, estoraque, onicha e olíbano. Se há uma leve semelhança, ela reside na forma obscura da fabricação. No passado, o incenso era preparado secretamente por sacerdotes.

Hoje, o consumidor também não é informado como esses produtos são feitos e quais substâncias está inalando. O motivo é simples: por falta de regulamentação própria, os fabricantes de incenso não são obrigados a fazer isso.

Nas cinco marcas avaliadas (Agni Zen, Big Bran, Golden, Hem e Mahalakshimi), todas indianas, não há sequer o nome do distribuidor brasileiro na embalagem. Muito menos a descrição de quais substâncias compõem o produto. A Folha tentou localizar as empresas, por meio dos nomes dos incensos, mas, assim como a Pro Teste, não teve sucesso.

A avaliação foi feita a partir da simulação do uso em ambiente parecido com uma sala. Segundo a Pro Teste, foi medida a emissão de poluentes VOCs (compostos orgânicos voláteis) e de substâncias passíveis de causar alergias, como benzeno e formol. As concentrações foram medidas após meia hora do acendimento.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste e colunista da Folha, alerta que os aromatizadores de ambiente, como o incenso, são vendidos sem regulamentação ou fiscalização, o que representa perigo à saúde.

“Os consumidores pensam que se trata de produtos inofensivos, que trazem harmonia e, na verdade, estão inalando substâncias altamente tóxicas e até cancerígenas.”

A Pro Teste reivindica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) faça um estudo sobre o impacto dos produtos na saúde e elabore regulamentação para a produção, importação e venda no Brasil.

Consumidora

“Estou surpresa. Acendo incensos diariamente há 20 anos no momento em que faço minhas preces no altar budista que tenho na sala. É uma forma de agradecimento às divindades e de limpeza energética. Jamais pensei que eles pudessem fazer mais mal do que bem”, diz Renata Sobreira Uliana, 49.

O resultado dos testes também surpreendeu os médicos. “Nunca li nenhum artigo científico a respeito disso, mas é um dado muito interessante, que vai fazer a gente repensar a forma de liberar esse tipo de produto”, diz José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia.

Clystenes Soares Silva, pneumologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), explica que nem pessoas predispostas a desenvolver quadros alérgicos (como rinite e asma) nem pessoas saudáveis devem se expor aos incensos.

Produto é usado em rituais de diversos povos

Os antigos egípcios eram mestres no preparo e no uso dos incensos. O mais famoso deles é o kyfi. A mistura dos ingredientes de kyfi era preparada durante um ritual secreto acompanhado do canto de textos sagrados.

No antigo Egito, a queima de incenso era parte importante em todos os rituais, como durante as práticas médicas, feitas para expulsar demônios considerados responsáveis por doenças.

Os gregos também queimavam incenso quando faziam imolações, tanto como oferenda aos deuses como para neutralizar e purificar o cheiro ruim das imolações.

Na época das grandes perseguições aos cristãos, pelo imperador Décio (cerca de 250 depois de Cristo), a queima de incenso fazia com que a pessoa pudesse provar sua lealdade diante do Estado.

No hinduísmo moderno, o uso do incenso está amplamente difundido, seja em público ou em casa.

Nos ritos da Igreja Cristã, o uso do incenso começou a ser difundido a partir do século 5. No século 14, já era uma parte indispensável dentro da missa e de outros cultos religiosos, como as procissões e funerais.

Fonte: Folha de São Paulo

Mundo virtual busca atrair internauta muçulmano

A libanesa Amina Ahmad, 24, é uma estudante muçulmana e, diferentemente de suas amigas, prática a religião e usa o hejab (véu islâmico). Mas, além de religiosa, Amina também é usuária de sites de relacionamentos sociais na internet.

Já adepta do Facebook, há alguns meses ela entrou para o MuslimSpace.com, em que fóruns sobre política e temas relacionados à fé islâmica são freqüentes.

Sites de relacionamentos sociais na internet vêm crescendo no mundo árabe. Segundo um executivo do Mecca.com, Sami al-Taher, estima-se que haja 105 milhões de usuários muçulmanos no mundo.

Para Amina, as redes sociais são mais que diversão, são uma forma de se conectar a um mundo globalizado, onde há muita informação. “Eu gosto dos grupos criados nos sites, em que eu me identifico e posso trocar idéias.”

Engajamento

Ela contou que não era muito conectada com atividades sociais e políticas, mas se tornou mais ativa depois que descobriu grupos no Facebook e no MuslimSpace.

“Eu comecei a dedicar mais tempo em frente ao computador para debater em fóruns e participar mais ativamente de movimentos políticos no meu país.”

Em sociedades mais conservadoras, os sites tornaram-se um desafio a dogmas religiosos. No Líbano, embora mais liberal se comparado a outros países árabes, ainda existem tabus em relação a certas questões -e não importa se são cristãos ou muçulmanos.

O Facebook, o mais popular entre libaneses, impôs certos desafios a posturas e comportamentos, especialmente entre muçulmanos.

No caso de Amina, que usa o véu e é religiosamente ativa, um senso de autocensura foi vital para que não deixasse a internet ultrapassar suas crenças e valores.

“Eu coloco somente fotos em que estou com minha família, em que uso meu hejab, para que os homens saibam que tipo de mulher sou e que tipo de pessoas procuro”, completou.

Refúgio

A analista política e também socióloga Sofie Saade, ex-professora da Universidade Americana de Beirute, disse que a internet se tornou um refúgio para muitos jovens libaneses (e árabes em geral). “Nas sociedades do Oriente Médio, as redes sociais tornaram-se uma forma de resgate de identidade. Os jovens se reúnem em tribos, se redescobrem através de gostos comuns”, explicou.

“Mesmo havendo interação entre pessoas de diferentes religiões, algumas pessoas preferem buscar sites projetados para sua fé específica”, disse a professora.

Mas redes sociais passaram também a ser um problema para o Judiciário do país. Em janeiro, quatro jovens libaneses foram presos acusados de difamação eletrônica contra uma universitária no Facebook. O caso gerou debates sobre a falta de leis específicas no país quanto a crimes na internet.

Fonte: Folha Online

42% das pessoas com renda superior a 5 salários aprovam tortura, diz pesquisa

O uso de tortura para obter informações de suspeitos é aprovado por 42% das pessoas com renda superior a cinco salários mínimos, aponta pesquisa realizada pela agência Nova S/B e publicada no jornal “O Globo” deste domingo. O índice fica em 19% para aqueles que ganham até um salário mínimo.

A pesquisa, realizada em parceria com o Ibope, traça um panorama dos valores do brasileiro. No geral da população, o levantamento aponta que 26% são favoráveis ao método e que, se fossem um policial no combate ao crime, torturariam suspeitos. Entre os que têm curso superior, 40% aprovam a tortura.

Outro tema levantado pela pesquisa diz respeito ao preconceito de raça e orientação sexual. No caso de descobrirem que um amigo é homossexual, 33% dos entrevistados afirmaram que se afastariam dele.

Em questões sobre meio ambiente e trânsito, as pessoas se definem como “progressistas”, mas avaliam que o país é conservador, segundo a reportagem.

Fonte: Folha Online

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