Início Site Página 3303

Após sete anos de trabalho Alcorão é traduzido ao papiamento

Após pesquisas bibliográficas de sete anos incluindo, entre outros elementos, o estudo da língua original em que o Alcorão foi escrito e o ambiente sócio-cultural da época, será realizada ontem, em Willemstad, Curazao, o lançamento oficial do livro sagrado do Islã ao papiamento (língua falada no território das Antilhas Holandesas, ao lado do neerlandês e do inglês).

A edição impressa, que será limitada, demonstra o interesse despertado nos últimos tempos em torno das traduções a essa língua das ilhas do Caribe holandês de textos importantes e históricos. O projeto de tradução do Alcorão mobilizou um grupo de 25 pessoas.

O porta-voz do projeto, Pacheco Domacasse, informou que a iniciativa foi inspirada por Nasser Hakim, conhecido empresário local e pessoa que sempre contribuiu para que culturas e credos fossem respeitados.

O pesquisador disse que não existe muita diferença entre a mensagem oferecida pelo Alcorão e a mensagem bíblica. O Alcorão é, também, um livro revelador e sumamente positivo, que oferece às pessoas regras e valores necessários para viver como cidadãos de bem, argumentou.
Pacheco Domacasse explicou que o trabalho foi grandioso porque o livro original foi escrito há muitos séculos e a linguagem evoluiu. Desse modo, a tradução precisou ser exata para não levar a interpretações errôneas ou foras de contexto. Além disso, o papiamento não tem a suficiente riqueza lingüística para refletir todos os conceitos e imagens contidas no texto sagrado.

Dado o considerável número de pessoas que praticam o islamismo nas Antilhas Holandesas, essa versão do Alcorão permitirá uma aproximação mais efetiva ao compêndio de valores e prédicas a partir de uma perspectiva crioula e autóctone para os nativos das ilhas do Caribe que falam essa língua, ou dos estrangeiros radicados nela.

O Alcorão contém a revelação do profeta Maomé de Alá. Ele recebeu as revelações por meio do anjo Gabriel (Yibrail ou Yibril), as quais eram transmitidas oralmente ou escritas em folhas de palmeiras, pedaços de couro ou de ossos. Com a morte do profeta, em 632, seus seguidores começaram a reunir tais revelações que, durante o califado de Utman ibn Affan, tomaram a forma que hoje se conhece, de 114 capítulos ou “azoras”, cada um dividido em versículos ou “aleyas”.

Fonte: ALC

Teólogo aponta contradição do Vaticano sobre aborto

O teólogo suíço Hans Küng considerou uma contradição a Igreja Católica ser ao mesmo tempo contrária ao aborto e aos métodos contraceptivos. Ele defendeu uma discussão mais honesta sobre o aborto, desapegada de princípios únicos.

“O extremo libertinismo nessa questão não é aceitável, mas o rigorismo romano extremo também não resolve o problema”, disse.

Küng ressaltou que há uma longa tradição de debate sobre o assunto no próprio cristianismo e afirmava que Tomás de Aquino já ressaltava que bem no início da gestação existe vida, mas não necessariamente pessoa humana.

A audiência foi promovida pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, e pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Fonte: Portal da Câmara

Toque no Altar conquista mais um prêmio

A gravadora Toque no Altar Music foi premiada na noite desta última quarta-feira (24) com mais um prêmio. Depois de conquistar o Prêmio Destaque de Vendas Consumidor Cristão em 2 categorias, de alcançar o Disco de Ouro e de Platina pela vendagem do CD “É Impossível, Mas Deus Pode”, a EBF conferiu o prêmio Destaque Expo Cristã à gravadora Toque no Altar Music como melhor Stand Segmento Gravadora.

“Ficamos muito felizes com este reconhecimento e dividimos este prêmio com a Atual Montagens, empresa responsável pelo projeto e execução de nosso stand”, comemorou Mauricio Soares, diretor Executivo do Toque no Altar.

Fonte: Toque no Altar

Premier terá’ menos poder na escolha de bispos na Igreja Anglicana

O poder do primeiro-ministro britânico na nomeação dos bispos da Igreja da Inglaterra _ Igreja Anglicana _ pode se ver reduzido, se o Parlamento aprovar uma modificação da lei, que tem o apoio de Gordon Brown.

A Igreja fundada por Enrico VIII no século XVI, que tem como chefe o soberano britânico, nasceu dependente do poder político, que controla a escolha de seus bispos. Segundo o procedimento em vigor, a “Crown Nominations Commission” _ a comissão que tem a tarefa de escolher os bispos _ submete dois nomes ao primeiro-ministro, que tem o poder de aprová-los e recomendá-los à Rainha, ou de rejeitá-los, pedindo à comissão que escolha outros dois nomes.

Segundo o projeto de lei em estudos, um único nome será submetido pela comissão ao premier, que se limitará a dar seu consenso e comunicar o nome do candidato à Rainha, a quem caberá a aprovação final.

Os bispos poderão também escolher os arciprestes das diversas catedrais, ao invés de aprovar os nomes sugeridos pelo primeiro-ministro e pelo arcebispo anglicano de Cantuária, primaz da Igreja Anglicana.

O novo procedimento é visto com favor pela Igreja Anglicana, que fala de “evolução, ao invés de revolução”: “Saúdo com satisfação, a idéia que a Igreja se torne a voz decisiva na nomeação dos bispos” _ disse o arcebispo anglicano de York, Dr. John Sentamu.

Fonte: Rádio Vaticano

Igreja Renascer reforma creche denunciada pelo Ministério Público

A Igreja Renascer mandou reformar parte das instalações da Casa Lar, abrigo para 34 crianças instalado em Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A reforma começou depois do dia 10 de outubro, quando o Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, fez blitz no local a pedido do Ministério Público.

A Casa Lar recebe crianças vítimas de violência, enviadas pelo Conselho Tutelar do município.

A diretora da Casa Lar, Talita (ela não quis dar o sobrenome), afirma que requisitou a troca do gesso do teto antes mesmo da vistoria do GOE. “A parte que eles filmaram a gente está reformando, mas a reforma começou depois da visita”, afirmou.

Na terça-feira (23), o Ministério Público e a Polícia Civil afirmaram que a Casa Lar e mais duas entidades mantidas pela Renascer recebem menos recursos do que deveriam. Em depoimento no processo em que são acusados de lavagem de dinheiro, os donos da Renascer alegam que o dinheiro arrecadado dos fiéis vai para as três entidades assistenciais.

Uma equipe de jornalismo do G1 esteve na Casa Lar nesta quarta-feira (24) com autorização da assessoria da Renascer. A reportagem não pôde conversar com o funcionário que trabalha na obra e nem teve acesso à sala de TV, para onde, segundo Talita, foram destinados os móveis da área. Na sala em reforma, o trânsito é livre. A casa é simples e há móveis em mau estado. As cenas mostram que a porta da geladeira, por exemplo, tem fios aparentes.

Na busca realizada em 10 de outubro, o GOE encontrou feijão com data de validade vencida na despensa. Talita não quis gravar entrevista, mas disse ao G1 que o feijão encontrado foi uma doação recebida na véspera. “É tudo doação, roupa, calçado, brinquedo. Tudo”, disse ela.

Talita afirmou também que além das doações, as despesas da Casa Lar são pagas com um “caixa semanal” que a entidade recebe. Ela não quis mencionar o valor. Esse caixa, de acordo com ela, provém de contribuições arrecadadas por meio de um carnê voluntário denominado Gideão da Conquista.

O promotor de Justiça Marcelo Mendroni e o delegado do Grupo de Operações Táticas (GOE) da Polícia Civil Antônio Sucupira Neto apresentaram, na manhã de terça-feira (23), material apreendido em três unidades assistenciais mantidas pela Igreja Renascer.

As denúncias do MP

As ações foram feitas no bairro de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, em Franco da Rocha e em Santana do Parnaíba, na região metropolitana.

Em nota, a Renascer negou as denúncias e convidou os jornalistas para conhecer as entidades. “A Igreja Apostólica Renascer em Cristo, mais que indignada, está perplexa com as ‘acusações’ contra três de suas entidades assistenciais”, diz o texto. A instituição afirma que o atendimento nestas unidades é gratuito e os gastos são de responsabilidade da Renascer e da Fundação Renascer.

De acordo com o Ministério Público, as entidades que cuidam de crianças recebiam recursos insuficientes para manutenção e os menores tinham de trabalhar para ser atendidos. “Se algum dinheiro era colocado nestas entidades, era uma quantia ínfima”, disse. Uma diretora chegou a ser levada à delegacia porque a unidade de Franco da Rocha apresentava feijão com data de validade vencida, diz a Promotoria.

“Nós chegamos à conclusão de que eles, apesar de alegarem que recebem doações de fiéis para cuidar de entidades assistenciais, não fazem nada disso. As entidades estão em situação triste de degradação. A conclusão da Promotoria é que o dinheiro que eles recebem dos fiéis também serve para engordar o patrimônio pessoal dos Hernandes. As instituições servem como pano de fundo para aumentar o valor da arrecadação”, disse Mendroni.

As visitas às três entidades foram realizadas em 10 de outubro. Os donos da Renascer, Estevam e Sônia Hernandes, disseram em depoimento ao Ministério Público que o dinheiro arrecadado dos fiéis é utilizado para manutenção das três entidades assistenciais. As diligências foram determinadas dentro de um dos dois processos de lavagem de dinheiro que a família Hernandes responde à Justiça brasileira.

O promotor Mendroni afirma que apenas uma das empresas da Renascer movimentou R$ 46 milhões nos últimos anos. Para ele, a situação física das entidades demonstra que elas recebem muito pouco desse dinheiro.

Mendroni afirma que a intenção inicial do MP ao realizar as diligências era “fazer prova” a favor da Renascer, ou seja, mostrar que o dinheiro arrecadado realmente ia para as entidades. No entanto, a realidade mostrou o contrário.

Nas diligências, os policiais do GOE encontraram planilhas que demonstram que as unidades têm arrecadação própria e devem atingir metas. Uma das unidades mostrou arrecadação de pouco mais de R$ 5 mil. “Estas entidades têm arrecadação própria que não tem a ver com aquela dos fiéis”, disse Mendroni.

A polícia realizou mandados de busca e apreensão na creche Heliópolis, que segundo a Renascer “atende 170 crianças de 7 a 14 anos” e “tem fila de espera com mais de 200 crianças. ”

Outro alvo da ação da polícia e do Ministério Público foi a Casa Lar, de Franco da Rocha, que segundo a Renascer abriga crianças de até 11 anos. A instituição afirma que cuida dos menores com aval da Justiça e do Conselho Tutelar da cidade.

Outro alvo da operação foi o Centro de Recuperação de Santana do Parnaíba, que atende 35 dependentes químicos, segundo a Renascer, com índice de recuperação médio de 80%.

Fonte: G1

Cartaz com recém-nascido gay gera polêmica na Itália

A foto de um bebê usando uma pulseira de identificação na qual se lê a palavra “homossexual”, parte de uma campanha contra a homofobia, provocou uma grande controvérsia na Itália.

A imagem do recém-nascido de bochechas rosadas, acompanhada do slogan “A orientação sexual não é uma escolha”, em breve será exibida em outdoors de toda a Toscana.

Mas o Vaticano e políticos conservadores rapidamente criticaram o anúncio, que teve cópias publicadas em jornais italianos.

O parlamentar Luca Volonte, cristão-democrata, afirmou que usar um recém-nascido para sugerir o caráter inato da inclinação homossexual é algo “fraudulento e vergonhoso”. Segundo a senadora Maria Burani Procaccini, da oposição conservadora, cabeças deveriam rolar por conta da campanha.

Por seu lado, o Vaticano, que não considera as inclinações homossexuais pecaminosas, mas que condena as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo, considerou a questão estranha.

“Não há necessidade de fazer um anúncio desse tipo”, declarou a repórteres o principal diplomata do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que ocupa o cargo de secretário de Estado.

Já para o Arcigay, um grupo italiano de defesa dos direitos dos homossexuais, o cartaz representa um avanço na luta pela igualdade de direitos.

“Sou a favor do anúncio porque ele manifesta um conceito do qual estou convencido há algum tempo –o de que a homossexualidade não é uma escolha”, afirmou o advogado gay Franco Grillini.

“Um homossexual possui apenas duas opções: ou aceita sua sexualidade ou vive infeliz.”

Nem todos os ativistas gays deixaram-se convencer. O filósofo Gianni Vattimo disse que o anúncio pode sugerir que os gays e as lésbicas formam uma raça à parte.

O congressista transgênero Vladimir Luxuria, de esquerda, afirmou ter ficado perplexo com a escolha da imagem.

Elaborada pela fundação canadense Emergence, a polêmica campanha já circulou em Québec.

O consultor Agostino Fragai participou do processo de escolha da campanha para ser lançada na rica e historicamente progressista Toscana. E disse saber que a imagem geraria um debate, mas ressaltou ser importante chamar atenção para o assunto.

“Nós a escolhemos porque se trata de um outdoor incisivo, mas delicado, com um bebê nele”, afirmou Fragai.

Fonte: Reuters

Lei anticonversão entra em vigor em Himachal Pradesh, na Índia

O governo de Himachal Pradesh já implementou a lei que regulamenta as conversões religiosas, que vigora em outros três Estados: Madhya Pradesh, Chhattisgarh e Orissa – apesar de, em Chhattisgarh, o governo estar buscando a opinião da Promotoria Geral da Índia (AGI, sigla em inglês) acerca da legislação.

A legislação anticonversão já foi aprovada em Arunachal Pradesh, Rajasthan e Gujarat, mas ainda não foi implementada.

Em Himachal, o Secretário do Interior Prabodh Saxena disse ao Compass que as regras sob o Ato de Liberdade Religiosa foram publicadas em 2006, no diário oficial do governo, o que pôs a lei em vigor.

Lansinglu Rongmei, da Associação Jurídica Cristã, afirmou que sua organização, juntamente com outros grupos, está preparada para questionar a inconstitucionalidade da lei anticonversão em Himachal Pradesh.

O que está na lei

O artigo 4 do Ato determina que qualquer pessoa que queira se converter a uma outra religião deve avisar as autoridades distritais com ao menos 30 dias de antecedência, embora os que se “convertem de volta” à sua “religião própria” – claramente o hinduísmo – não necessitem de tal procedimento.

“Isso é uma violação do direito a igualdade perante a lei garantida no Artigo 14 da Constituição”, afirma Rongmei.

Caso não entregue tal aviso, a pessoa pode ser multada a um valor equivalente a R$ 46.

Já o artigo 3 do Ato proíbe a conversão “pelo uso de força, persuasão ou qualquer outro meio fraudulento” e afirma que uma pessoa que se converta através destes artifícios não deve ser considerada convertida.

“Esta seção foi criada para facilitar que os extremistas pratiquem atos de ‘reconversão’ e saiam impunes”, diz Rongmei.

Penalidades

De acordo com o artigo 5, uma transgressão da seção é passível de punição com prisão de até dois anos e/ou uma multa de até R$ 1000. No caso da conversão de um menor, uma mulher, um dalit (membro da casta dos intocáveis) ou um tribal (aborígine), o tempo de reclusão pode chegar a três anos e multa de R$ 2300.

“Os termos ‘força’, ‘persuasão’ e ‘meios fraudulentos’ não foram definidos adequadamente, o que pode permitir que forças não-cristãs registrem facilmente falsas representações contras os trabalhadores cristãos”, alerta Rongmei.

Uso contra os cristãos

Ano passado, dois membros da Comissão Nacional das Minorias, Harcharan Singh Josh e Lama Chosphel Zotpa, confirmaram que hindus extremistas freqüentemente recorriam à lei anticonversão em Madhya Pradesh como um meio para incitar motins contra cristãos e levá-los à cadeia, sem qualquer evidência.

Eles puderam notar tal comportamento após visitarem o Estado entre os dias 13 e 18 de junho.

Cristãos afirmam que a lei, além de contribuir para a tensão social, faz com que as condições somente piorem.

No dia 23 de maio, um grupo de aproximadamente 20 pessoas, liderado pelo grupo extremista Rashtriya Swayamsevak Sangh, raspou à força a cabeça de dois cristãos para marcar sua “reconversão” ao hinduísmo, após atacá-los na área de Dhalpur, no distrito de Kullu, Estado de Himachal Pradesh.

Bernard Christopher e Ravinder Kumar Gautam, trabalhadores cristãos da Sociedade Missionária Transfiguração, se mudaram de Kullu temendo por suas vidas após o incidente. Eles trabalharam no distrito até o dia 25 de janeiro.

Em seqüência ao ataque, os agressores os forçaram a beber água do Rio Ganges e pediram a um barbeiro que raspasse suas cabeças.

Quando perguntado se algum caso já havia sido registrado sob a nova lei, Saxena, Secretário do Interior de Himachal Pradesh, disse acreditar que não. “Ao menos, nenhum caso chegou ao meu conhecimento”, afirmou.

O governador Vishnu Sadashiv Kokje, eleito pelo governo anterior – liderado pelo partido nacionalista hindu Bharatiya Janata – aprovou a lei anticonversão no dia 20 de fevereiro – um dia antes do encontro com uma delegação de cristãos liderados pelo Conselho Cristão para Toda Índia que ia pedir a não assinatura do projeto.

O ministro de Relações Interiores do Partido do Congresso apresentou o projeto de lei, liderado pelo ministro- chefe Virbhadra Singh, e a assembléia da casa votou sua aprovação no dia 30 de dezembro de 2006.

Fonte: Portas Abertas

Boatos de aliciamento estimulam ataques contra cristãos em Bangladesh

Na medida em que o cristianismo se espalha neste país de maioria muçulmana, ouve-se a mesma história em vários lugares: “As pessoas estão se tornando cristãs depois de receberem uma enorme quantia de dinheiro, uma espécie de recompensa por se converterem.”

Esse comentário é mais do que maldoso e tem servido de pretexto para a violência contra os cristãos, não só da parte dos muçulmanos, mas dos budistas, que constituem 1% da população.

Subash Mondol, um dos supervisores da equipe que transmite o filme “Jesus”, do ministério Vida Cristã em Bangladesh (CLB, sigla em inglês), disse ao Compass que, no início de setembro, aldeões de uma tribo resolveram seqüestrar um funcionário da CLB depois de ouvirem um boato de que ele teria recebido dinheiro para se converter.

Como não encontraram dinheiro algum com Cinku Marma, de 23 anos, que deixou o budismo para se converter ao cristianismo há 14 meses, eles o agrediram no caminho de uma vila onde aconteceria a exibição do filme “Jesus”. Isso aconteceu no dia 6 de setembro.

Cinku e o líder de equipe, Milton Boiragi, estavam carregando morro acima os equipamentos para a exibição do filme que aconteceria naquela noite quando Milton ficou para trás descansando. Enquanto Cinku continuava sozinho, dois aldeões o cercaram e o agarraram, apontando-lhe uma arma. Percebendo o perigo, Milton fugiu.

Ameaças

Os agressores ameaçaram Cinku: “Se você gritar, a gente estoura os seus miolos”, disse Subash. Outras quatro pessoas se juntaram aos dois homens enquanto eles levavam Cinku para dentro da selva.

” Se nós te seqüestrarmos, devemos entrar em contato com seu chefe”, disse um dos agressores a Cinku. “Você se tornou um cristão e recebeu muito dinheiro pela conversão. Onde está esse dinheiro todo?”, perguntaram.

“Eu me tornei um cristão de boa vontade, não recebi dinheiro nenhum”, respondeu Cinku. Então um deles disse: ” Se você não nos der dinheiro, vai morrer da mesma maneira que Jesus”.

Subash disse que Cinku repetiu que não havia recebido dinheiro para se tornar cristão, e que era impossível dar uma coisa que não possuía. Os budistas, então, começaram a golpeá-lo.

Segundo Subash, Cinku teve parte de um lóbulo de sua orelha cortado ao escapar de um homem que tentara cortar sua garganta com um facão usado para abrir a mata. Eles apunhalaram Cinku acima da sobrancelha, machucando sua testa. Ele tentou se defender de outro ataque e acabou com um corte muito profundo na mão.

Outro agressor bateu na cabeça de Cinku com uma tora, deixando-o inconsciente. Os agressores pensaram então que ele estava morto e jogaram-no num córrego que passa na colina. Cinku passou a noite na água, inconsciente.

Provação

Na manhã seguinte, ao recobrar os sentidos, Cinku caminhou até a casa mais próxima. Um dos moradores foi ao encontro de Milton, que levou Cinku a um hospital nas proximidades. Por causa da gravidade de seus ferimentos, o rapaz precisou ser transferido para o principal hospital do distrito.

Os pais de Cinku tinham que caminhar longas distâncias para visitar seu filho no hospital, disse Shubash, e os budistas sempre perguntavam: “Onde está o dinheiro que seu filho recebeu depois que se tornou cristão? ”

Convencidos de que o rapaz recebera uma grande quantia de dinheiro dos líderes cristãos para se converter, os aldeões, que estavam com raiva por Cinku ter deixado o budismo, contrataram um criminoso não-identificado para extorqui-lo.

Ao ver que não conseguiam persuadi-lo a dar dinheiro a eles, os aldeões resolveram armar uma emboscada.

Cinku batizou 22 pessoas de tribos da área. Suas atividades evangelísticas iraram a comunidade, e a raiva sobrou para seus pais. As pessoas diziam a eles que seu filho tinha recebido dinheiro para se converter. Eles negaram as acusações, mas as pessoas não lhes davam ouvidos.

” Ele não teria sido atacado se não fosse cristão”, disse Shubash. “Eles o atacaram por dinheiro, porque existe um boato de que as pessoas se tornam cristãs porque são pagas para isso.”

Fonte: Portas Abertas

Vaticano lança obra inédita sobre processo contra Templários

Composta por 799 exemplares numerados, a obra Processo Contra Templários foi lançada oficialmente na manhã desta quinta-feira no Vaticano.

Os documentos, até agora considerados secretos de um dos grandes julgamentos da história, que condenou ao fim os Cavaleiros dos Templários, serão vendidos em edição bilíngüe ( italiano e inglês).

O preço equivalente a mais de R$ 15 mil, no entanto, não é nada acessível para a maioria dos interessados no assunto e até mesmo para as bibliotecas especializadas.

O livro integra a série “Exemplaria Praetios”, a publicação mais valiosa do arquivo secreto do Vaticano, e conta com todo o luxo de detalhes nas reproduções: uso de pergaminho, selos dourados e documentos de grande importância histórica.

Um dos destaques é a reprodução dos originais em pergaminho do ato de Chinon, de 1308, do antigo processo de condenação dos Cavaleiros dos Templários. Ele mostra que o papa Clemente 5º reabilitou inicialmente os Templários acusados de heresia e blasfêmia. No entanto, considerou que eles praticavam imoralidades.

Segundo o historiador medievalista Franco Cardini, o papa planejava reformar o grupo religioso e militar medieval, mas nunca o condenou. De acordo com o estudioso, o pergaminho “testemunha que o pontífice não considerava a ordem herege”.

Cardini, que também está lançando um livro sobre o assunto, La Tradizione Templare (“A Tradição Templária”, em tradução livre), diz que as condenações por heresia na época se fundamentavam nas confissões de alguns templários, que depois acabaram se retratando.

“Por esse motivo, eles foram considerados reincidentes no erro pelo qual tinham sido processados e condenados”, assinalou o historiador, que também participou do lançamento oficial da edição do Vaticano.

A Ordem dos Cavaleiros Templários foi fundada em Jerusalém, em 1118, por nove cavaleiros franceses, para defender os peregrinos cristãos na Terra Santa durante as Cruzadas.

Posteriormente, eles receberam várias doações de terras na Europa, ganharam enorme poder politico, militar e econômico, o que acabou permitindo estabelecer uma rede de grande influência no continente.

Depois do processo condenatório, muitos cavaleiros foram perseguidos, presos, torturados e queimados.

A ordem foi extinta em 1312 devido a pressões do rei da França Filipe o Belo, que impôs a eliminação dos Templários.

Chantageado pela monarquia francesa, o papa Clemente 5º acabou com a ordem sem condenação, nem absolvição, mas isolando-a em uma espécie de hibernação graças a um artifício do direito canônico.

Ao declarar que o processo não tinha comprovado a acusação de heresia, Clemente 5º suspendeu a Ordem dos Templários mediante uma sentença não definitiva, ditada pela necessidade de evitar um grande perigo para a Igreja.

Os Cavaleiros foram proibidos, sob pena de serem excomungados, de continuar usando o nome e os signos distintivos.

Segundo o monsenhor Sergio Pagano, prefeito do arquivo secreto do Vaticano, todos os mistérios que cercam a Ordem dos Templários e sua dissolução após o julgamento da inquisição estão no livro.

Ele diz que a obra conta com rigorosos conteúdos históricos e científicos sobre o processo, que, em outubro, completou 700 anos.

Fonte: BBC Brasil

Missa de beatificação revive feridas da Guerra Civil Espanhola

A Igreja Católica prepara-se para beatificar 498 de seus membros mortos durante a Guerra Civil Espanhola, abrindo-lhes o caminho para a santificação e trazendo à memória um conflito que continua a dividir a Espanha.

A maior parte das pessoas a serem homenageadas na cerimônia de domingo, em Roma, na maior missa de beatificação já realizada e da qual devem participar milhares de fiéis espanhóis, eram padres ou freiras mortos por milícias de esquerda no início da guerra, que durou de 1936 a 1939.

Muitos membros do clérigo católico e da liderança da Igreja Católica aliaram-se a Francisco Franco no conflito, iniciado quando o general deu um golpe militar contra o governo esquerdista da República espanhola e concluído com a instalação definitiva dele no poder como ditador.

Durante décadas, a Igreja Católica da Espanha reuniu provas de que centenas de seus integrantes morreram no conflito devido à sua fé, tornando-se elegíveis para a beatificação.

Caso devotos católicos relatem milagres ligados ao ato de orar para esses beatos, alguns destes poderiam ser objeto de um processo de canonização, o qual duraria alguns anos.

Mas o processo de beatificação já foi suficiente para reavivar algumas memórias amargas referentes à participação da Igreja na Guerra Civil.

O conflito ainda é objeto de debates acalorados na Espanha, e o atual governo do país, socialista, tenta ver aprovado um projeto de lei que condena oficialmente o regime de Franco, morto em 1975. A Igreja discorda do projeto.

“A liderança da Igreja Católica está perdendo a chance de reconhecer publicamente sua responsabilidade por dar apoio ao golpe militar de Franco e por ajudar a ditadura dele”, afirmou a Associação para a Memória Histórica, que procura valas comuns onde estariam enterradas pessoas mortas pelas forças do general.

A Igreja afirma não desejar que a cerimônia religiosa confunda-se com uma declaração de cunho político.

“Celebraremos a memória das pessoas que optaram por permanecer verdadeiras à sua fé e a seu amor por Jesus Cristo, sacrificando suas próprias vidas”, afirmou María Encarnación González, historiadora responsável por supervisionar o Escritório das Causas dos Santos, um órgão da Igreja.

Fonte: Reuters

Ads
- Publicidade -
-Publicidade-