Duas novas testemunhas serão arroladas no inquérito policial que investiga a possível prática de crime de corrupção de menor imputada ao padre Jair Antonio Todescatt, da paróquia São Cristóvão, em Sinop, contra uma adolescente de 15 anos.

A manifestação do Ministério Público Estadual (MPE) é para que outros dois padres também sejam ouvidos como testemunha a fim de “complementação das investigações”. A promotora Marise Rabaioli ainda solicitou o número do telefone celular usado pelo padre na época dos fatos para “possível quebra de sigilo telefônico”, uma vez que a vítima afirma que as investidas do acusado e os encontros entre os dois eram marcados pelo telefone.

O inquérito foi instaurado no dia 6 de novembro de 2007, quando o pai da menor fez representação do crime junto à Delegacia Municipal. Já foram ouvidas diversas testemunhas, entre familiares e amigas da garota e amigos da família da vítima. Todos confirmaram o envolvimento amoroso e sexual entre o sacerdote e a menor e desmentiram a versão do padre, de que a garota o teria procurado para falar de problemas familiares, pelos quais estaria passando. O padre, que tem 37 anos e há oito cumpre o sacerdócio, dos quais quatro atuantes em Sinop, em depoimento no dia 22 de novembro do ano passado manteve a versão contada em entrevista ao Diário e nega ter mantido qualquer relação com a jovem.

Porém a vítima também prestou depoimento e contou em detalhes como o padre a teria seduzido e os dois mantiveram um romance por cerca de dois meses. Ela confirmou que no início do ano de 2007 o padre pediu o endereço eletrônico da garota para que ambos mantivessem contato via internet e que posterior a isso os dois conversavam todas as noites. “Ele sempre me elogiava, dizia que eu era bonita até que um dia disse que queria “ficar” comigo. Depois disso fiquei chocada e não falei com ele por uns 15 dias. Até que ele conseguiu o número do meu celular e começou a ligar sempre. Dizia que estava apaixonado e que quando eu fizesse 18 anos ele deixaria o celibato e nos casaríamos. Até que cedi às investidas e me apaixonei por ele”. A vítima afirmou ainda que após isso eles sempre se encontravam e mantinham carícias e que no dia 10 de agosto manteve relação sexual pela primeira vez com o acusado. “Depois tivemos relação mais umas cinco vezes, sempre às escondidas, altas horas da noite, na casa dele”.

Fonte: Diário de Cuiabá

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