Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o senador Marcelo Crivella, 54, é conhecido por suas posições conservadoras.
Em seus dois mandatos no Senado, trabalhou por projetos ligados a valores da família e foi um dos principais integrantes da tropa de choque do governo no Congresso.
Crivella foi eleito em 2002 pelo PL com 3.243.289 votos, terminando à frente de Leonel Brizola (PDT). Em 2010, foi reeleito com 3.332.886 votos pelo PRB, derrotando Cesar Maia (DEM), entre outros.
Crivella é sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal. Escreveu livros religiosos e já gravou dez CDs de música gospel. Engenheiro civil, é casado há 32 anos e tem três filhos.
Em 2006, perdeu a disputa pelo governo do Rio. Também não conseguiu se eleger prefeito da capital fluminense em 2004 e em 2008.
No Senado, Crivella se envolveu em uma polêmica ao solicitar a renovação do passaporte diplomático para seu tio, o missionário R. R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Com uma atuação discreta, foi vice-presidente da CPI que investigou convênios e patrocínios da Petrobras. Tentou impedir a aprovação da proposta que facilitou o divórcio no país, assim como fez ferrenhas críticas ao aborto e à união homossexual.
Na campanha eleitoral de 2010, Crivella foi um dos articuladores do movimento que forçou Dilma Rousseff a se posicionar oficialmente contra temas polêmicos para os religiosos, como o aborto.
Em 2004, teve seu nome envolvido no episódio em que um dos líderes da Igreja Universal admitiu o uso de laranjas -um dos quais seria o próprio senador.
Um assessor seu também foi acusado de negociar com traficantes do Rio nas eleições de 2008. Ele negou envolvimento em irregularidades.
[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]