A maior autoridade do Vaticano depois do papa, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado da Santa Sé, pretende se reunir com o presidente interino de Cuba, Raúl Castro, na viagem que fará em fevereiro à ilha comunista.

Bertone afirmou que sua viagem está ligada, pelo menos em parte, ao décimo aniversário da histórica visita de João Paulo 2o a Cuba, em 1998.

“Estou preparando uma viagem a Cuba para o mês de fevereiro. Espero encontrar o irmão de Fidel Castro, que hoje comanda o país”, disse Bertone à revista católica italiana Famiglia Cristiana.

A entrevista foi divulgada à mídia antes da publicação da edição de 6 de janeiro da revista.

Depois da revolução de 1959 em Cuba, padres católicos foram expulsos da ilha, que viveu décadas de ateísmo oficial. O papa João Paulo 2o reuniu-se com o presidente Fidel Castro na visita de 1998 e pediu a ele que permitisse mais liberdade política na ilha.

O cardeal não disse se também pretende falar com Fidel, que não é visto em público desde que entregou o poder ao irmão Raúl, por problemas de saúde, há quase um ano e meio.

Bertone afirmou que quer abençoar um monumento que os cubanos vão inaugurar para lembrar a visita do papa. Ele chamou a inauguração de “um evento positivo”.

A Igreja Católica é a única grande instituição em Cuba que não é controlada pelo Estado. Ela não pode construir novas igrejas, participar da educação nem ter acesso a transmissões de rádio.

Cerca de 60 por cento dos cubanos são batizados pela Igreja Católica, mas o número de católicos praticantes é pequeno.

Fonte: Reuters

Comentários