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O Relatório Anual de Perseguição Religiosa sobre 2016 da ‘China Aid’ detalha uma mudança sísmica na abordagem do governo chinês para a política religiosa, a qual se espera que intensifique ainda mais a perseguição religiosa no país oriental.

O assunto principal do relatório acompanha um desvio na abordagem ideológica do governo chinês para a gestão religiosa. Durante a Conferência Nacional de Trabalho Religioso, realizada em abril de 2016, o presidente chinês Xi Jinping enfatizou a importância das religiões “persistentemente seguirem o caminho da Sinicização [adequação ao comunismo]”, e departamentos governamentais subordinados adotaram a política como um catalisador para muitas tentativas de perseguição. Anteriormente, o Partido Comunista Chinês (PCCh) concentrou seus esforços em encorajar religiões e o socialismo a se adaptarem mutuamente – uma política introduzida pelo ex-presidente Jiang Zemin.

Apesar da insistência da China em que a Sinicização é um ingrediente integral na harmonização entre a Igreja e o Estado, a política gira em torno da suposição do governo de que outros países estão usando religiões baseadas no exterior para minar sua autoridade. Portanto, as ações realizadas sob este mantra visam as atividades das instituições religiosas e as sujeitam à supervisão governamental, efetivamente as forçando a se enquadrarem na agenda do PCC.

Isso força os praticantes religiosos, especialmente os cristãos, a escolherem entre comprometer suas crenças, profundamente arraigadas e se arriscarem a ser tratados como violadores da lei.

Na tentativa de implementar esta Sinicização, os departamentos de governo local em todo o país redigiram e executaram planos de trabalho que visavam as igrejas domésticas. Muitas vezes, esses departamentos identificavam igrejas domiciliares não registradas e as coagiam a se unirem ao ‘Movimento Patriótico de Três Poderes’ (‘TSPM’), o qual é monitorado pelo governo, ameaçando-os com o fechamento forçado.

[b]Estatísticas[/b]

Além dessas tentativas de adequar o cristianismo ao Partido Comunista, a China continuou a perseguir os cristãos individualmente com a frequência mais intensa dos últimos tempos, desde a Revolução Cultural. Comparando as estatísticas reunidas em 2015, a ‘China Aid’ descobriu aumentos consistentes em seis diferentes categorias de perseguição em 2016. Estas incluem: número de casos de perseguição (até 20,2%), número de pessoas presas (até 147,6%), número de pessoas detidas (11%), o número de pessoas condenadas (até 30%), o número de casos de abuso (até 42,6%), e o número de pessoas que sofreram abusos (até 69,5%).

Esses dados ilustram a regressão alarmante da China em um regime cada vez mais maoísta e as condições devem piorar este ano, à medida que os Regulamentos Revisados ??sobre Assuntos Religiosos entrarem em vigor em todo o país. Estas novas regulamentações buscam limitar ainda mais a atividade religiosa e indicar um potencial catastrófico para colocar ainda mais cristãos atrás das grades.

“As principais conclusões do que aconteceu no ano passado e os relatórios desses dois primeiros meses de 2017 mostraram que a situação de liberdade religiosa está se deteriorando rapidamente na China”, disse Bob Fu, fundador e presidente da ‘China Aid’.

“Nós convidamos tanto os fiéis perseguidos na China, como na comunidade internacional a estarem cada vez mais vigilantes e perseverarem, enfrentando este ano mais difícil. A ‘China Aid’ continuará a caminhar mais perto dos fiéis perseguidos e oprimidos na China, expondo os abusos, E equipando os líderes para combater estas violações de direitos humanos”, acrescentou.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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