Quando o Comitê Olímpico Internacional declarou que a China seria a anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2008, os chineses ficaram extáticos. Mas o que poderia ter sido orgulho para a China se transformou em um campo minado na relação pública com a mídia mundial sobre os abusos aos direitos humanos de um governo autoritário.
Como anfitriã dos Jogos Olímpicos, a China tem uma oportunidade sem igual para mostrar seu fabuloso desenvolvimento econômico.
Por outro lado, com estimativa calculada em meio milhão de visitantes estrangeiros e pelo menos 20 mil jornalistas, o governo teme também que a Olimpíada seja uma oportunidade única para os dissidentes e ativistas de direitos humanos apresentarem a causa deles à mídia mundial.
Nessa semana, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas enviou um comunicado para que os jornalistas estrangeiros que forem para a Olimpíada tomem o cuidado de preservarem as suas fontes quando tratarem de temas sensíveis como a liberdade religiosa.
A organização também pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que pressione a China a cumprir com a promessa de tolerar a liberdade de imprensa para os 21,5 mil jornalistas já credenciados para o evento.
Entre os principais assuntos destacados está a liberdade religiosa. Observadores internacionais vêm informando continuamente acerca das restrições contínuas sobre a liberdade de adoração, particularmente para grupos de igrejas não registradas, o que inclui apreensões, detenção em campos de trabalhos forçados e o confisco de literatura cristã.
A grande questão é: como será a atitude das autoridades chinesas para com os cristãos depois que a Olimpíada terminar?
Fonte: Portas Abertas