A associação civil mexicana Católicas pelo Direito a Decidir criticou hoje “a falta de compaixão” do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que excomungou a mãe de uma menina de 9 anos que abortou após ficar grávida de gêmeos do padrasto e a equipe médica que fez a cirurgia.
As ativistas católicas criticaram a decisão do religioso em um anúncio pago na imprensa mexicana.
“Como pode se erguer em estandarte da moral uma instituição que antepõe a proteção de criminosos, estupradores e pedófilos, à vida e à dignidade das meninas e mulheres?”, indica o comunicado.
A ONG mexicana defende a liberdade da mulher para decidir sobre questões sexuais e de reprodução, e, em geral, mantém uma posição crítica à hierarquia eclesiástica.
Além de ter sido abusada pelo padrasto desde que tinha seis anos, a menor, segundo os médicos, corria risco de morrer caso a gravidez seguisse em frente.
A organização lembra que o caso cumpria as condições fixadas na lei brasileira para a prática do aborto, pois a legislação afirma que o ato pode ser praticado quando a mulher foi violentada e quando a vida da mãe corre risco.
Fonte: EFE