O padre mexicano Ignacio Muñiz anunciou ter excomungado seus críticos, que o acusam de “bêbado, mulherengo e corrupto” e que mantêm as portas de sua igreja fechadas há duas semanas, em protesto.

Muñiz, da localidade de Apango, no Estado de Guerrero, se viu obrigado, neste domingo, a celebrar a missa a 40 metros da porta de seu templo, informou o jornal Reforma.

“Desde o momento em que eles tomaram a igreja, que é um delito federal, já estão excomungados”, disse o sacerdote à imprensa. A paróquia é vigiada pelos agentes municipais e do Estado, frente ao risco de violência e enfrentamento entre partidários do sacerdote e de seus adversários.

O templo foi fechado com cadeados e correntes quando o sacerdote foi acusado de “beber demais”, de manter relações com mulheres e de usar as contribuições dos fiéis para fins pessoais. Ignacio Muñiz disse contar com o apoio com o apoio de seu superior, o bispo da diocese Chilpancingo-Chilapa, Alejo Zavala.

Os manifestantes são liderados por Crisóforo Nava, do conservador Partido Ação Nacional (PAN), o mesmo do presidente mexicano Felipe Calderón.

O religioso, que possui vínculos familiares com membros do opositor Partido da Revolução Democrática (PRD), alegou ser acusado por ser “uma das poucas pessoas” do município com “qualidade moral, e isso é o que incomoda os políticos”.

Fonte: Estadão

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