Vito Miracapillo foi expulso do Brasil em outubro de 1980, durante o regime militar do então presidente João Baptista Figueiredo.

Já está no Recife o padre italiano Vito Miracapillo, que há 31 anos foi expulso do Brasil por ser considerado subversivo na época da ditadura.

O religioso veio ao Estado para uma série de atividades que inclui um encontro com o governador Eduardo Campos, a celebração de uma missa em Palmares, na Zona da Mata Sul pernambucaba, e a revalidação de seu visto permanente no País. Este último foi um direito conquistado em novembro do ano passado com a autorização do Ministério da Justiça, que considerou a ilegalidade da decisão.

Na noite desta terça-feira (3), o desembarque do religioso no Aeroporto Internacional dos Guararapes foi festejado por dezenas de amigos e familiares, além de integrantes de grupos de direitos humanos, que aguardavam ansiosos pela sua chegada da Itália, onde vive atualmente.

No saguão do aeroporto do Recife, o padre italiano disse que está feliz com a permissão de retorno ao País, mas afirmou que ainda não sabe se ficará no país permanentemente. Miracapillo ainda espera uma posição de sua diocese, na Itália, para saber se poderá voltar a residir no Brasil.

Às 17h desta quarta-feira (4) o religioso será recebido pelo governador Eduardo Campos (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, onde também irá conceder entrevista coletiva para esclarecer detalhaes sobre sua agenda do País. O religioso intaliano também deve participar das festas de 50 anos da Diocese de Palmares, na Zona da Mata Sul do Estado.

Vito Miracapillo foi expulso do Brasil em outubro de 1980, durante o regime militar do então presidente João Baptista Figueiredo. O motivo da medida foi a recusa do padre em celebrar uma missa em homenagem ao Sete de Setembro, na cidade de Ribeirão, Mata Sul de Pernambuco, onde era pároco.

[b]Fonte: NE10[/b]

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